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Mulheres penariam 217 anos para equiparar salário com os homens


03/11/2017

Depois de uma década de progresso lento, mas contínuo, em direção à igualdade de gênero, pela primeira vez o Fórum Econômico Mundial constatou aumento das disparidades entre homens e mulheres no planeta. A pior situação é a do mercado de trabalho, em que a organização estima que são necessários 217 anos para acabar com a desigualdade, mesmo com mais da metade dos 144 países pesquisados tendo melhorado no ítem nos últimos 12 meses.

 

A informação consta do Relatório de Desigualdade Global de Gênero 2017, divulgado nesta quinta, 2, pela organização. Por causa da queda da participação feminina na política, o Brasil caiu 11 posições em apenas um ano.

 

Efeito no PIB

 

Na análise da média mundial, o relatório aponta que a renda média da mulher corresponde a 58% da recebida pelo homem – mesmo percentual registrado no ano passado. A média salarial em 2017 é estimada em US$ 11.132 (R$ 36.330) para mulheres e US$ 19.260 (R$ 62.860) para homens.

 

O relatório indica ainda que, se a lacuna de gênero na área econômica em todo o mundo fosse reduzida a 25% até 2025, haveria um acréscimo de US$ 5,3 trilhões ao Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) global.

 

“Estamos passando da era do capitalismo para a era do talentismo. A competitividade em níveis nacional e de negócios será decidida, mais do que nunca, pela capacidade de inovação de um país ou uma empresa. Quem entende a integração das mulheres como uma importante força dentro do seu grupo de talentos terá mais sucesso”, afirmou o presidente-executivo do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, segundo a nota da instituição.

 

O estudo indica que 68% da desigualdade de gênero no planeta foi combatida, contra 68,3% em 2016 e 68,1% em 2015. Todos os quatro pilares do relatório apresentaram piora na comparação entre homens e mulheres: acesso à educação, saúde e sobrevivência, oportunidade econômica e empoderamento político. Até o ano passado, os dois últimos itens vinham apresentando evoluções.

 

A pesquisa aponta queda de 11 posições do Brasil no ranking de países em comparação com o ano passado, ficando em 90º. Em relação à primeira edição da pesquisa, em 2006, a queda foi de 23 posições.

 

Baixa participação

 

O retrocesso do Brasil o colocou em sua pior situação desde 2011. A baixa participação política das mulheres foi o principal elemento que motivou a queda no ranking, apesar de modestos avanços do país no quesito de participação econômica.

 

O país mais bem colocado no índice geral foi a Islândia, que resolveu 88% da desigualdade de gênero e permanece no topo da lista há nove anos. Em seguida vêm Noruega, Finlândia, Ruanda e Suécia. O país mais bem classificado da América Latina é a Nicarágua, que figura em sexto lugar no ranking, seguido pela Bolívia, classificada na 17ª posição.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

 


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