26/10/2017
Reunidas na manhã desta quarta-feira, 25/10, a UGT-MG e demais centrais sindicais de Minas deram sequência aos preparativos visando à organização, no estado, de atividades relacionadas ao Dia Nacional de Paralisação, convocado para 10 de novembro em todo o país.
Entre as deliberações, definiu-se pela realização de um ato conjunto das centrais mineiras na Praça Sete, no centro de BH, a partir de 11 horas. Até lá, cada central deverá mobilizar suas bases e convocar as entidades filiadas a aderirem à mobilização.
Em dias que antecedem o ato público unificado haverá panfletagem no centro da capital, informando a população sobre as atividades programadas para o dia 10/11 e os motivos que levam o movimento sindical novamente às ruas.
Não às reformas e à portaria do trabalho escravo
Desta vez, além das reformas trabalhista e previdenciária, que têm se destacado na pauta de lutas do movimento sindical no decorrer do ano, outro fator que motiva os trabalhadores a voltarem às ruas é a portaria 1129/2017, que muda o conceito de trabalho escravo.
Apontada como mais um golpe nos direitos trabalhistas, a portaria é considerada o maior retrocesso na história do país com relação ao combate ao trabalho escravo, pois dificulta a identificação e caracterização de situações degradantes e a consequente punição dos culpados.
As centrais sindicais mineiras não só se posicionam contrárias à portaria, como exigem sua imediata revogação. E lembram que a liminar concedida pela ministra Rosa Weber, do STF, sustando seus efeitos, é provisória e depende de aprovação, também, do pleno do Supremo Tribunal Federal.
Só sacrifícios à classe trabalhadora
Representando a UGT-MG, o diretor José Alves Paixão, que é também dirigente do Sindicato dos Empregados no Comércio de BH e Região Metropolitana (SECBHRM), voltou a reforçar a necessidade e a urgência da união do movimento sindical para defender o trabalhador.
“Não há o que negociar com esse governo, que a cada dia impõe mais sacrifícios aos trabalhadores e à sociedade brasileira. É por isso que a UGT-MG se une às demais centrais para voltar às ruas neste 10 de novembro. Não bastassem os ataques aos nossos direitos trabalhistas e previdenciários, ainda somos surpreendidos com a portaria do trabalho escravo. É um absurdo”, declarou José Alves Paixão.
Segundo ele, no âmbito do SECBHRM será feita uma campanha de conscientização entre os comerciários, para que entendam a gravidade do momento pelo qual o Brasil vem passando e as perdas impostas à classe trabalhadora.
Fonte: UGT Minas Gerais
UGT - União Geral dos Trabalhadores