10/08/2017
Policiais civis e militares, agentes do sistema prisional e integrantes do Movimento das Esposas de Policiais participaram na tarde dessa quarta-feira, 09.08.17, de manifestação conjunta na Praça Sete, para cobrar e reivindicar os direitos da classe. Estiveram presentes aproximadamente 500 operadores de segurança pública, que chegaram a queimar colchões no centro da capital mineira.
São dois os focos do protesto: um deles é a PEC 287, que prevê a reforma da Previdência Social. A proposta do governo Temer, em tramitação no Congresso Nacional, extingue a aposentadoria especial prevista para servidores da segurança pública.
O outro alvo do protesto é o governo do Estado de Minas Gerais e a falta de comprometimento com as corporações. São muitas as reclamações, como o pagamento parcelado dos salários que se arrasta há mais de dois anos, a não concessão de reajuste salarial e o sucateamento das condições de trabalho. Os manifestantes cobraram do governador Fernando Pimentel o cumprimento das promessas feitas em campanha para a segurança pública do Estado.
Assembleia dos policiais civis
Antes da manifestação conjunta, os policiais civis, liderados pelo Sindpol/MG participaram de assembléia geral extraordinária na Praça da Liberdade. Depois, seguiram em passeata pela Avenida João Pinheiro até chegarem no Hipercentro da capital, onde se uniram aos demais.
Entre os problemas específicos da classe, os sindicalistas citaram a apreensão acerca do acórdão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que tenta acabar com a paridade e a integralidade da Polícia Civil. Reivindicaram, ainda, a convocação de excedentes para a recomposição dos quadros de efetivo da corporação e a equiparação salarial de investigador com perito criminal.
Sobre a reforma da previdência, o fim da aposentadoria especial e o aumento da idade mínima para aposentadoria são considerados extremamente prejudiciais aos policiais. O Sindpol/MG avalia que as categorias da área de segurança pública não podem ser colocadas no mesmo texto das demais classes trabalhadores, uma vez que estão cotidianamente sob alta carga de estresse em atividade perigosa e de risco.
O presidente do sindicato, Denilson Martins, falou da importância da categoria se manter mobilizada e lutando contra os desmontes que os governos federal e estadual tentam fazer com os policiais, a exemplo da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que proíbe a Polícia Civil de fazer greve, direito previsto na Constituição, mas que agora, foi retirado dos policiais.
Mobilização continua
De acordo com ele, esse é o primeiro de vários atos que serão realizados ainda em 2017, pois paciência tem limite. “Estamos cansados de reuniões inconclusivas e de promessas que não se cumprem. Temos prazos, filiados e serviços para prestar à população, por isso não vamos aceitar o sucateamento da Corporação. Não vamos permitir que em Minas Gerais chegue a acontecer o que vem acontecendo no Rio de Janeiro, onde os servidores públicos estão fazendo vaquinha para a compra de cesta básica”, declarou.
Durante a assembléia geral foi deliberado pelo “Estado de Alerta”. O Sindpol/MG pede que os policiais civis se mantenham mobilizados e atentos para novas convocações, porque sem luta, não há vitória.
Fonte: UGT Minas Gerais, com informações de: assessoria de comunicação do Sindpol/MG
Fotos: Divulgação Sindpol/MG
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