04/08/2017
A fabrica de automóveis Nissan, instalada em Canton, no Mississipi, EUA, esta promovendo eleições entre os trabalhadores para decidirem pelo direito de se sindicalizarem ao Sindicato dos Metalúrgicos dos Estados Unidos (UAW). O processo eleitoral começou nessa quinta-feira (3) e termina na sexta-feira (4). Ricardo Patah, presidente nacional da União dos Trabalhadores (UGT) está acompanhando as eleições. Na opinião do presidente da UGT a Nissan, presidida pelo brasileiro Carlos Gross, está realizando uma das mais violentas campanhas antissidicais da história contemporânea do movimento sindical americano.
Os trabalhadores relatam a ocorrência de reuniões antissindicais individuais diárias, anúncios de rádio e TV solicitando que eles rejeitem a sindicalização, e mesas-redondas antissindicais (obrigatórias) nas quais a empresa insiste que eles votem NÃO à representação sindical. Todas estas táticas de intimidação são graves violações das Convenções 98 e 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), das Diretrizes da OCDE e do Acordo Marco Global da própria Renault com a IndustriALL. A conduta da Nissan está sendo criticada por nossos parceiros nacionais e internacionais do movimento sindical e da comunidade de direitos humanos e civis. As visitas as casas dos trabalhadores e a pressão a seus familiares tem sido constantes.
Para Patah, a ação dos brasilreiro Carlos Gross é um experimento do que pode acontecer no Brasil, depois da nova trabalhistas. "O Capital não tem pátria. Não tem bandeira. Só visa o lucro, esteja onde ele estiver. O que está acontecendo no Mississipi pode acontecer no Brasil. Eles não estão respeitando direitos, princípios e ética É uma violência comandada por um brasileiro, que já se declarou inimigo dos sindicatos", afirma Patah. O presidente ugetista está apoiando e incentivando os trabalhadores da Nissan a votarem SIM, pela sindicalização.
UGT - União Geral dos Trabalhadores