18/11/2008
Federação filiada à UGT se mobiliza para unir forças no movimento sindical dos servidores públicos com promoção de luta conjunta em defesa de reajuste digno e ganho real.
Já diz a sabedoria popular que a união faz a força. Um por todos e todos por um. É acreditando nesta máxima que a Federação Interestadual dos Servidores Públicos Municipais e Estaduais (FESEMPRE), presidida por Aldo Liberato, secretário nacional do servidor Público da UGT, lança, no próximo dia 12 de fevereiro, a Campanha Salarial Unificada dos Servidores Públicos em Minas Gerais. O evento acontece na cidade de Leopoldina (Zona da Mata), no Auditório da Associação Comercial - Rua Ribeiro Junqueira, 92 / Centro. O início será às 9hs e o encerramento às 17hs.
O objetivo é unificar politicamente todos os sindicatos, estabelecer ações conjuntas de apoio efetivo e também preparar as lideranças para um enfrentamento técnico e político diante das diferentes situações que serão enfrentadas em cada região", explica Cosme Nogueira, diretor da FESEMPRE e um dos idealizadores do projeto.
Márcio Pimentel, diretor regional da Federação e presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Leopoldina (SINSERPU), presidirá o evento. Ele destaca a importância da campanha: "É algo inédito no país. O servidor público precisa desse laço de solidariedade e integração. Cada base tem suas particularidades, mas, se as perdas diferem, ao mesmo tempo são comuns a todos. É hora de se mobilizar".
Defasagem é crônica
Todos os servidores, sejam municipais, estaduais ou federais, acumulam perdas gigantescas em suas remunerações, o que significa queda do poder aquisitivo e má qualidade de vida. Nogueira explica que a atual situação, em que os administradores apenas corrigem o salário do servidor se não estiver pareado ao mínimo, gera uma situação crônica de defasagem: "Os administradores se aproveitam para nivelar o servidor pelo mínimo. A categoria, em época de data-base, só obtém quando muito a correção inflacionária, o que faz com que em pouco tempo esteja nivelada por baixo".
O sindicalista critica ainda o fato absurdo de que muitos servidores nem o salário mínimo recebem: "É comum verificar nos contracheques um valor abaixo do mínimo, alcançado só através da complementação. Isso gera uma situação de desconforto, agressiva ao trabalhador, pois nem realizar compras no comercio ele pode, já que se exige que o comprovante de renda esteja de acordo com a lei para a concessão de crédito e nos contra cheques não consta sequer o valor do mínimo".
Combate mais que necessário
Para combater estas aberrações é que a FESEMPRE organizou o projeto da Campanha Salarial Unificada, que vai ganhar força em todo o estado de Minas Gerais. Muitos administradores distribuem em seus orçamentos altos valores a serem gastos em publicidade, mas não reservam verba para reajustar de forma digna aos servidores. É o que destaca o presidente da FESEMPRE e secretário da UGT, Aldo Liberato. "Em todas as prefeituras os cargos comissionados têm uma remuneração mais elevada que os de carreira. Os administradores se esquecem de que sem os servidores efetivos é impossível prestar um serviço de qualidade à população".
Há que se considerar ainda, lembra Liberato, a ausência de uma legislação específica que garanta às entidades sindicais poder de negociar salários e melhores condições de trabalho com as administrações municipais. "É preciso o engajamento de todo o funcionalismo e instituições na luta pela aprovação da Convenção 151, em tramitação no Congresso Federal, que versa sobre o direito do servidor ao acordo coletivo".
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