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No Dia Internacional de Combate à Mortalidade Materna e de Ação de Saúde da Mulher, comemorado nesse domingo, 28 de maio, foi realizada a 1º Virada Feminina de São Paulo. O evento, realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), contou com o apoio da União Geral dos Trabalhadores (UGT), e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, sob a organização da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo, da Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres do Governo do Estado e da Liga das Mulheres Eleitoras do Brasil (LIBRA).

 A ação teve ciclos de palestras e oficinas em torno de seis eixos principais: inserção da mulher na política, empreendedorismo feminino, justiça e cidadania, sustentabilidade, violência e saúde. 

Para Ricardo Patah, presidente da UGT e do Sindicato dos Comerciários, "um evento como este, com homens e mulheres lutando em conjunto, traz muita força para a sociedade, “não poderíamos deixar de participar". E o dirigente alerta: "Não vamos deixar aprovarem as reformas trabalhista e previdenciária. Elas tiram direitos dos trabalhadores, dos cidadãos. A reforma da Previdência, por exemplo, quer determinar que homens e mulheres se aposentem com a mesma idade. Isso não é certo, pois sabemos que as mulheres trabalham muito mais ao cumprir jornadas triplas, como mães, esposas, profissionais".

Compondo a mesa de abertura da solenidade, o deputado Cauê Macris, presidente da Alesp, chamou a atenção para a necessidade de ir do discurso para a prática: "Dos 22 líderes da Assembleia, apenas dois são mulheres. Precisamos reverter isso. Precisamos agir".

Já a deputada Soraya Santos reiterou que "a mulher precisa de espaço nos locais de decisão. Essa é a verdadeira virada. E só vamos sair do lugar se trabalharmos em conjunto. Daí a importância desse grande evento".

"Não adianta ficar sentado criticando. Temos que levantar, arregaçar as mangas e fazer a nossa parte. E é isso que estamos fazendo. Por meio da união, da disseminação da informação, da noção de empoderamento, vamos, cada vez mais, alcançar a justiça social", disse a presidente da LIBRA, Marta Lívia Suplicy.

A solenidade de abertura contou, ainda, com a presença de Márcio Elias Rosa, secretário da Justiça do Estado de São Paulo, representando o governador Geraldo Alckmin, e de José Luiz Penna, secretário da Cultura.

O Hino Nacional foi tocado pelo ilustre maestro João Carlos Martins e houve apresentações, ainda, da orquestra de jovens do Projeto Locomotiva.

Todos os temas abordados na 1 Virada Feminina de São Paulo são embasados nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente no número 5: igualdade de gênero. Por isso, a Jornada 2030, iniciativa da UGT que promove esses ODS e mobiliza entidades sindicais e lideranças para sua implementação no Brasil, não poderia ficar de fora. .

A Agenda 2030 faz parte de um Protocolo Internacional da Assembleia Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU) que define a estratégia mundial de desenvolvimento. O Brasil se comprometeu a alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030. Entre as metas, estão também: erradicação da pobreza, segurança alimentar, água e saneamento, energia, crescimento econômico, industrialização, infraestrutura, redução das desigualdades, cidades sustentáveis, padrões de consumo e produção sustentáveis e mudanças do clima.

Cristina Palmieri, membro do Comitê de Sustentabilidade e da Jornada 2030 da UGT, e Luiz Gustavo de Pádua Walfrido Filho, secretário da Juventude e coordenador da Jornada 2030 na Central, foram alguns dos palestrantes da Virada, abordando, respetivamente, os temas sustentabilidade e trabalho decente.

O evento também ofereceu, gratuitamente, serviços de beleza, aferição de pressão, teste de glicemia, orientação jurídica e contra a violência, além de oportunidades de empreendedorismo e reinserção no mercado de trabalho.