29/05/2017
Carlos Giovani Cirilo, representante da ATHEMG/SINDPROS-MG, filiado à União Geral dos Trabalhadores (UGT), foi baleado ontem (24/05) por policiais militares, durante marcha dos trabalhadores em protesto às injustas Reformas Trabalhista e Previdenciária na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O trabalhador segue internado, em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital de Base. A UGT está acompanhando as investigações e, mandou buscar familiares dele, que já estão na capital federal para acompanha-lo. O presidente da CONTEC e secretário de Relações Internacionais da UGT, Lourenço Prado, criticou duramente a ação policial durante o protesto. Segundo ele, todas as medidas serão tomadas por parte da central sindical para cobrar a responsabilização dos culpados. “O policial errou e deve ser penalizado por isto. Não dá pra admitir que uma arma letal fosse disparada durante um protesto de trabalhadores. O que queriam? Nos calar?”, questionou Prado. Além de combater as reformas, o movimento também pediu o afastamento do presidente, Michel Temer, flagrado recentemente em conversas não republicanas com um empresário investigado na Operação Lava-Jato. Segundo Prado, a UGT vai acompanhar de perto todo o processo de investigação dos culpados para assegurar que os responsáveis sejam punidos. O secretário da UGT informou ainda que vai denunciar o atentado contra a vida de um trabalhador na Organização Internacional do Trabalho (OIT) e na UNI GLOBAL. “Vamos denunciar isto a todas as organizações internacionais. Não se pode ameaçar o direito de um trabalhador de protestar, principalmente se vivemos num pais democrata! Temos de buscar forças para garantir que isto não ocorra mais”, indignou-se. O último boletim médico de Carlos Cirilo foi apresentado no final desta tarde de quinta-feira. Ainda há risco de morte e por isto, a Diretoria Executiva da CONTEC pede a todos que formem uma corrente de oração em favor da vida dele.
UGT - União Geral dos Trabalhadores