26/05/2017
Com uma caravana formada por 10 ônibus lotados de trabalhadores e dirigentes sindicais, a União Geral dos Trabalhadores do Rio de Janeiro (UGT-RJ) participou da grande marcha dos trabalhadores em Brasília, nesta quarta-feira, 24 de maio de 2017.
Trabalhadores dos mais diversos setores, professores, estudantes, aposentados, artistas e mesmo políticos de oposição ao governo, como os senadores petistas Gleici Hoffman e Lindberg Farias, participaram das manifestações que, iniciadas às 11h no estádio Mané Garrincha, seguiram em direção à Esplanada dos Ministérios e ao Congresso Nacional.
“Um ato que vai entrar para a história do movimento dos trabalhadores, revelando, principalmente, que unidos podemos, sim, promover grandes transformações. E é disso que o pais precisa nesse momento em que os trabalhadores, cidadãos de bem, correm sérios riscos de perder direitos conquistados com muita luta, suor e mortes”, afirmou o presidente da UGT-RJ, Nilson Duarte Costa. “Não podemos aceitar essas reformas que decretam a retomada do sistema escravocrata, onde trabalhadores serão obrigados a trabalhar até a morte, sem usufruírem de uma aposentadoria digna e de direito”, acrescentou ele.
As manifestações seguiram por toda a tarde com mais de 300 mil trabalhadores – 150mil, segundo a Polícia Militar –, e um grande número de carros de som (3 trios elétricos e 5 caminhões), além de discursos inflamados. Enquanto isso, no plenário da Câmara dos Deputados, parlamentares oposicionistas tentavam barrar todas as votações do dia, ecoando a voz do povo que gritava, do lado de fora, “Diretas Já” e “Fora Temer”.
Os momentos de tensão dentro e fora do plenário da Câmara revelaram, na opinião do presidente ugetista, que o ato foi bem sucedido. “A voz dos trabalhadores foi ouvida e, se preciso, voltaremos às ruas”, garantiu ele, destacando a expressiva participação de ugetistas de todos os estados.
“A UGT nacional se fez presente com um número expressivo de trabalhadores e lideranças de todas as estaduais ugetistas. Presente ao ato, o presidente Ricardo Patah exercia sua liderança ao enfatizar os prejuízos que a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária poderão representar para a classe trabalhadora”.
Nilson Duarte Costa também comentou a violência ocorrida ao final da marcha. “Repudiamos todo e qualquer tipo de violência. Os responsáveis pelos atos de vandalismo não representavam os trabalhadores e, portanto, não compartilhavam dos objetivos que motivaram a manifestação, colocando em questão a organização de um ato reivindicatório pacífico”, concluiu.
UGT - União Geral dos Trabalhadores