19/05/2017
Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), participou, na manhã desta sexta-feira (19), na Assembleia Legislativa de São Paulo, de sessão solene em homenagem aos profissionais da saúde.
O evento, promovido pela Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo e que todos os anos tem o apoio do deputado estadual Rafael Silva, contou com a presença de 600 profissionais, que comemoraram o Dia Estadual do Trabalhador da Saúde, celebrado em 12 de maio.
“Os profissionais da saúde têm um empenho, um compromisso e um comprometimento muito grande que nos faz duvidar se são seres humanos ou anjos. Não há como agradecer o que eles fazem”, disse Ricardo Patah.
O dirigente sindical ressaltou o momento que o Brasil está passando e enfatizou que, além dos problemas pontuais e específicos aos profissionais da saúde, agora todas as categorias de trabalhadores precisam lutar contra as reformas que efetivamente retiram direitos, a começar pela lei da terceirização, que generaliza e possibilita que todas as pessoas sejam terceirizadas, com o intuito de diminuir salários e benefícios.
Patah foi contundente ao afirmar que a reforma previdenciária trará um enorme prejuízo social, porque atinge os trabalhadores e trabalhadoras justamente num período de suas vidas em que muitos já não têm mais condições físicas para trabalhar e, mesmo assim, o governo quer instituir idade mínima igual para aposentadoria de homens e mulheres.
O presidente da UGT falou também da reforma trabalhista: “O deputado Rogério Marinho apresentou um projeto que é totalmente da área empresarial, pois não tem um item que contemple o trabalhador”.
Edison Laércio de Oliveira, presidente da Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo e diretor nacional da Saúde da UGT, parabenizou todos os trabalhadores do setor, mas fez um discurso indicando que, apesar do evento ter um caráter festivo, o momento é de reflexão e luta da classe trabalhadora para que direitos conquistados não sejam revogados.
“É uma satisfação realizar esse evento na casa do povo. Nesse momento, é fundamental que a população se faça presente, porque onde decidem ou querem decidir o destino do povo, ele não pode entrar.
Espero que depois do dia de ontem (referindo-se à repercussão de acusações de que o atual presidente do Brasil teria comprado o silêncio de delatores), as coisas possam mudar”, disse Edison Laércio.
O deputado Rafael Silva também fez um discurso contrário às reformas que estão tramitando na Câmara e no Senado. “Quando temos uma nação que não valoriza a classe trabalhadora, temos uma nação falha, porque é a classe trabalhadora que a impulsiona“, conclui.
UGT - União Geral dos Trabalhadores