02/05/2017
Crianças se divertindo no pula-pula e no escorrega, das 9h da manhã até a noite. Enquanto isso, idosos, adultos e jovens aproveitavam o dia de sol e feriado do Dia do Trabalhador para tirar documentos como carteiras de trabalho e 2ª de Certidões de Nascimento, tomar vacinas contra a gripe, se inscrever no programa Minha Casa, Minha Vida, realizar consultorias jurídicas, fazer cortes de cabelo e usufruir de uma série de outros serviços gratuitos.
Assim foi a celebração do 1º de Maio promovido pela União Geral dos Trabalhadores do Rio (UGT-RJ) em Madureira, Zona Norte do Rio, em parceria com a Prefeitura do Rio e a Fundação Dionísio Lins.
O evento também representou uma oportunidade de reflexão, junto aos trabalhadores, sobre o atual momento político brasileiro. “Temos a convicção de que precisamos de uma mudança drástica e urgente em nosso país. Hoje, estamos lutando para que não tenhamos nenhum direito a menos daqueles conquistados através da CLT”, afirmou o presidente da UGT-RJ, Nilson Duarte Costa, destacando que a greve geral promovida pelas centrais sindicais e os movimentos sociais, no último dia 28 de abril, representou um sinal de descontentamento da classe trabalhadora. “Uma resposta fundamental para uma efetiva mudança, pois quem deseja legislar deve ouvir voz do povo”, disse ele.
A reforma trabalhista não é o que a imprensa diz
Diretor da estadual ugetista, Sergio do Carmo (Serjão) chamou a atenção para a falsa imagem que a mídia tenta passar sobre o Movimento Sindical e os supostos benefícios das reformas pretendidas pelo governo.
“A reforma trabalhista não é o que a imprensa diz. Com a aprovação dessa medida, o trabalhador terá que negociar direto com o patrão e, quando demitido, não vai poder mais homolocar no sindicato, o que pode representar perdas. O governo quer voltar à época da escravidão, da precarização do trabalho”, garantiu ele, esclarecendo, com relação à Contribuição Sindical, que o trabalhador que recebe, por exemplo, R$ 1.000 desconta apenas R$ 30 uma vez ao ano, dos quais apenas R$ 18 vai para o sindicato custear despesas como salários de funcionários e homologação. “Parte desse valor descontado é repassado ainda para o governo”, esclareceu.
As mulheres também tiveram voz nos discursos. Vice-presidente do Sindicato dos Empregados em Instituições Filantrópicas e diretora da UGT-RJ, Clátia Regina Vieira foi categórica ao afirmar que o Dia do Trabalhador começou, de fato, com a greve do dia 28. “Não vamos recuar nem um milímetro de nossos direitos. Todas as conquistas que tivemos até hoje, não tenham dúvidas, não caíram do céu. Foi com o suor e o sangue de muitos companheiros e companheiras que hoje não estão mais entre nós”, lembrou ela, sob aplausos.
Revelando-se feliz com a parceria firmada com a UGT para a realização da festa do trabalhador em Madureira, o deputado Dionísio Lins falou sobre a satisfação de poder contar com a central sindical para voltar a realizar o evento no bairro. “A UGT é uma central que representa e defende os direitos dos trabalhadores, por isso está realizando esse belo evento. Madureira está em festa”, concluiu.
O evento foi encerrado à noite com shows de artistas como Bebeto e Banda, Marcio do Swing, Grupos Imperô e Clareou, Luiz Camilo, Blecaute Jr. e a bateria da Escola de Samba Império Serrano.
Luiza Felix – Comunicação UGT-RJ
UGT - União Geral dos Trabalhadores