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Um alerta ao Governo para construir as reformas junto com a sociedade


28/04/2017

A União Geral dos Trabalhadores (UGT), entidade que numa ação unitária com a Força Sindical, CUT, CGTB, Nova Central, Intersindical, CSB, Conlutas e CTB organizou, nesta sexta-feira (28) a maior paralisação da classe trabalhadora desde janeiro de 1986. O ato teve como foco a manutenção dos direitos trabalhistas e previdenciários da população.

 

Em São Paulo, a cidade estava mais parada do que em feriado, foi o que muitos comerciantes disseram em entrevistas a jornais de grande circulação. Isso se deu por conta da adesão da população, que vendo a gravidade do que está acontecendo contra seus direitos, aderiu as convocações das centrais, participando dos protestos ou não saindo de suas casas.

 

“Não gostamos de convocar paralisações como essa, acreditamos num Brasil com pleno emprego, com as pessoas trabalhando e produzindo as riquezas do nosso país, tendo remuneração digna e ambiente laboral adequado. Ou seja, nossa expectativa é que tenhamos uma nação justa e igualitária, mas os parlamentares e o governo federal insistem em transferir para a população a culpa dessa crise que o país está enfrentando, fazendo a população pagar um preço muito alto”, disse Ricardo Patah, presidente Nacional da UGT.

 

Somente em São Paulo, cerca de 30 categorias aderiram, entre eles: comerciários, motoboys, motoristas e cobradores de ônibus, metroviários, ferroviários, bancários, portuários, metalúrgicos, trabalhadores da construção civil, rodoviários, funcionários dos correios e professores das redes municipais, estaduais e particular. “O trabalhador e a trabalhadora mostrou sua força e agora vamos exigir que o governo federal aprofunde os debates com a sociedade sobre essas reformas, pois elas mexem diretamente com a vida de pessoas que vivem de salários mínimos e isso é inadmissível e inaceitável que seja feita de forma açodada”, diz Patah.

 

“Se pensarmos que um dia de feriado nacional significa cerca de R$ 16,4 bilhões que o Brasil deixa de ganhar, um dia de paralisação como esse, o governo federal deixou de arrecadar impostos equivalentes a esse montante. Então sentemos para conversar ou nós das centrais promoveremos outros atos”, conclui Ricardo Patah.

 


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