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UGT mobiliza trabalhadores de diversas categorias na luta por seus direitos


28/04/2017

Central reuniu mais de 500 motoboys, que pararam o centro de São Paulo

 

Na tarde desta sexta-feira, 28, a UGT (União Geral dos Trabalhadores) promoveu um ato oficial em frente à sua sede nacional, no centro de São Paulo, pelo Dia de Greve Geral em defesa dos direitos trabalhistas, sociais e previdenciários que estão sob ameaça do conjunto de medidas proposto pelo governo federal.

 

Na ocasião, cerca de 500 motoboys estacionaram suas motos e fecharam as ruas em torno da UGT a fim de chamar a atenção da população e, principalmente, do governo para o poder da união da população.

 

Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, explicou que “esta manifestação tem como objetivo único e concreto a defesa dos direitos da classe trabalhadora. A população está descontente com este verdadeiro massacre aos direitos sociais pretendido pelas propostas de reformas. O governo não vem fazendo seu dever de casa para superar a crise política e econômica do Brasil. Temos que protestar, pois não aceitaremos nenhum direito a menos”.

 

“É importante mostrar que a UGT agrega as principais categorias de trabalho, sem as quais o País pararia. São Paulo, por exemplo, não funcionaria sem os motoboys. São eles que transportam 3,5 milhões de correspondências na cidade por dia, atendendo todo o setor produtivo”, disse Canindé Pegado, secretário Geral da Central.

 

“A UGT tem a responsabilidade social de chamar a atenção e mobilizar os trabalhadores para o que está acontecendo no cenário nacional. Se os poderes estão pagando para ver do que o trabalhador é capaz, estamos mostrando nossa unidade e nossa força. Vamos vencer e acabar com essas reformas que são contra o trabalhador”, completou Pegado.

 

Para Chiquinho Pereira, secretário de Organização e Políticas da UGT, “é importante que os trabalhadores tenham claro por que estamos parando o Brasil: por conta de duas reformas que, se aprovadas como estão, trarão prejuízos para o trabalhador. Os jovens, especialmente, terão muita dificuldade de se aposentar se a reforma da Previdência passar. Em relação à trabalhista, o que o governo está propondo é o fim da dignidade do trabalhador. Hoje, já temos 14 milhões de desempregados. Que Brasil é esse? Temos que protestar, ganhar as ruas do Brasil e dizer que não aceitamos isso. Somos trabalhadores, queremos viver do nosso suor e ter o respeito deste e de todos os governos que virão. Ou nos respeitam ou vamos parar até nos respeitarem”.

 

Participaram da ação também presidentes e representantes de sindicatos de diversas categorias, como Padeiros, Siemaco, SINCAB, Sinthoresp, Comerciários de São Paulo e Franco da Rocha, Fecomerciários, coletores, entre outros.

 

A UGT, entidade com representação em todos os Estados da federação, mobilizou todos seus sindicatos pelo País. Em São Paulo, a cidade amanheceu sem ônibus, metrô e trens. Em algumas regiões, seguindo a orientação das centrais sindicais, os trabalhadores nem saíram de casa.

 

Após o ato oficial, os motoboys se dirigiram às Marginais de São Paulo.

 


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