27/04/2017
A aprovação da proposta de reforma trabalhista pela Câmara dos Deputados significa a morte da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), especialmente ao instituir a prevalência do “negociado sobre o legislado”.
A opinião foi expressa pelo presidente da UGT-MG, Paulo Roberto da Silva, ao participar na manhã dessa quinta-feira, 27/04, da abertura do 7º Congresso da Força Sindical Minas, em Belo Horizonte. Em protesto, ele sugeriu que as entidades sindicais adotem a tarja preta a partir da próxima semana, em sinal de luto
O dirigente ugetista lembrou que as mudanças ocorrem em um momento de extrema fragilidade para a classe trabalhadora, vitimada por uma taxa de desemprego que beira os 13 milhões de trabalhadores.
Como não se bastasse, retira-se a sustentação financeira das entidades sindicais ao extinguir a contribuição sindical, enfraquecendo seu poder de pressão diante das corporações empresariais.
Congresso desmoralizado
“É uma covardia do Congresso Nacional acabar com a contribuição sindical no momento em que o movimento sindical mais precisa. Vamos para o ringue, nas negociações com os patrões, com as duas pernas quebradas. Eles continuam a contar com os recursos do Sistema S. Têm dinheiro, e nós não. E sem dinheiro ninguém faz nada”, pontuou Paulo Roberto.
O presidente da UGT-MG comentou, ainda, que o Congresso Nacional está desmoralizado eticamente e não tem legitimidade para precarizar a mão de obra e retirar direitos dos trabalhadores, uma vez que a maioria dos parlamentares está envolvida com escândalos políticos e denúncias de corrupção.
Para Paulo Roberto, o troco deve vir nas urnas, em 2018, com a classe trabalhadora e a sociedade não votando e nem reelegendo aqueles que têm se colocado contra os interesses do povo brasileiro.
Fonte: UGT Minas Gerais
UGT - União Geral dos Trabalhadores