26/04/2017
Em seu segundo e último dia, o “IV Seminário 1 de Maio – Os dez anos de luta da UGT e os desafios para superar a crise política e econômica do Brasil” promoveu debates em torno das reformas de que o Brasil precisa para retomar o crescimento e gerar emprego e sobre a autorreforma e constituinte sindical.
Cassia Bufelli, secretária adjunta da Mulher da UGT, reiterou que “não precisamos agora das reformas propostas pelo governo. Precisamos de crescimento. E nós, sindicalistas, representantes dos trabalhadores, temos que resistir para que não haja retrocesso. É hora de mostrar por que existimos”.
“Precisamos de investimentos em processos produtivos de alta tecnologia, novas sistemáticas educacionais, capacitação criativa”, complementou Luis Gustavo Mello, professor da UFRS.
Para encerrar o ciclo de debates, o seminário contou com a participação do ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira.
“Admiro a UGT por sua luta pela causa do trabalhador. Estou certo de que precisamos manter o diálogo e afirmo que os direitos que estão em nossa CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) não serão revogados. Direitos não se revogam, se aprimoram. Queremos potencializar e honrar os acordos coletivos, de forma a respeitar o trabalho dos sindicatos. O modelo por representação fragiliza o movimento sindical e devemos ter uma legislação que não fragilize nenhum dos atores envolvidos: trabalhador, empregador e governo. Por isso sou a favor de manter a contribuição e o imposto sindical. E vou honrar minha palavra”, garantiu o ministro.
Ricardo Patah encerrou as celebrações afirmando que a UGT vai continuar lutando por um Brasil de oportunidades, cidadania e emprego decente. “E temos o prazer de contar com o ministro do Trabalho nessa busca por um mundo melhor.”
O seminário foi parte das celebrações pelo1 de Maio – Dia dos Trabalhadores e teve como objetivo promover reflexões acerca do real significado dessa data e do que precisa ser feito para que ela possa, de fato, ser comemorada.
O evento ocorreu em São Paulo e reuniu cerca de 900 pessoas, entre dirigentes sindicais, representantes políticos e sociedade civil.
UGT - União Geral dos Trabalhadores