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Taxa do cartão e do cheque recuam em fevereiro, mas juro bancário médio sobe


29/03/2017

Os juros cobrados pelos bancos em suas operações com cheque especial e cartão de crédito rotativo recuaram em fevereiro deste ano, informou nesta quarta-feira (29) o Banco Central.

 

Entretanto, ainda de acordo com o BC, a taxa de juros média cobrada pelos bancos nos empréstimos a seus clientes registrou novo aumento no mês passado.

 

Em fevereiro, a taxa cobrada nas operações com cartão de crédito rotativo, a mais cara do mercado, recuou de 486,7% ao ano (recorde histórico) para 481,5% ao ano. Já os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cheque especial também registrou pequena queda, passando de 328,3% ao ano, em janeiro deste ano, para 327% ao ano no último mês.

 

Mesmo com a pequena queda em fevereiro, especialistas recomendam que essas modalidades de crédito (cartão e cheque especial) só devem ser utilizadas em momentos de emergência e por um prazo curto de tempo, devido ao custo proibitivo. No caso do cartão de crédito, a recomendação dos economistas é que os clientes bancários paguem toda a fatura no vencimento para não deixar saldo devedor.

 

O governo anunciou recentemente que quer baixar os juros do cartão de crédito. Se a medida for implementada, os juros do cartão recuariam para cerca de 240% ao ano, ainda é considerado alto para padrões internacionais. Pela norma, o rotativo só poderá ser usado até o vencimento da fatura seguinte. Se na data do vencimento o cliente não tiver feito o pagamento total do valor da fatura, o restante terá que ser parcelado ou quitado. Alguns bancos já começaram a se ajustar.

 

Juro médio sobe

 

A queda dos juros bancários do cartão de crédito e do cheque especial, porém, não foi suficiente para influenciar a taxa média de todas as operações com recursos livres (que excluem crédito imobiliário, rural e do BNDES).

 

No mês passado, a taxa média dessas operações atingiu 53,2% ao ano - o maior nível desde novembro de 2016 (53,8% ao ano). Em janeiro, a taxa estava em 52,9% ao ano. Já o juro bancário das operações com pessoas físicas subiu 0,5 ponto percentual no mês passado (para 73,2% ao ano) e a taxa das empresas recuou 0,1 ponto percentual - para 28,7% ao ano.

 

O aumento dos juros bancários acontece em momento de queda da taxa básica de juros da economia, a Selic, fixada pelo Banco Central e que influencia a chamada "taxa de captação" dos bancos, ou seja, quanto eles pagam pelos recursos. No mês passado, a taxa de captação dos bancos somou 10,7% ao ano, contra 11,1% ao ano em janeiro para o crédito com recursos livres.

 

'Spread' bancário

 

Com a queda da taxa de captação dos bancos, e alta do juro médio aos seus clientes, o chamado "spread bancário" - ou seja, a diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e o que cobram de seus clientes - subiu em fevereiro para 42,5 pontos percentuais, contra 41,8 pontos percentuais em janeiro.

 

No caso das operçaões com pessoas físicas, o "spread" avançou de 61,2 pontos percentuais em janeiro para 62,3 pontos percentuais em fevereiro deste ano. Esse índice é elevado quando comparado à média praticada pelos bancos em outros países.

 

O "spread" é composto pelo lucro dos bancos, pela taxa de inadimplência, por custos administrativos, pelos depósitos compulsórios (que são mantidos no Banco Central) e pelos tributos cobrados pelo governo federal, entre outros.

 

Segundo a autoridade monetária, pouco mais da meta de do spread é formado pela taxa de inadimplência. Os dados do Banco Central (abaixo) revelam, porém, que o spread bancário subiu no mês passado mesmo com o recuo da taxa de inadimplência.

 

Taxa de inadimplência

 

Dados do Banco Central mostram que a taxa de inadimplência recuou em fevereiro deste ano. No mês passado, a taxa de inadimplência das pessoas físicas, nas operações com recursos livres (exclui crédito imobiliário, rural e do BNDES), caiu de 6% para 5,9%

 

Considerando a inadimplência com recursos livres para pessoas físicas e jurídicas, também houve recuo no mês passado, de 5,7% (próximo do teto de série histórica, que é de 5,9%) para 5,6%. No caso das operações com empresas, a taxa de inadimplência caiu de 5,4% em janeiro para 5,2% em fevereiro.

 

 


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