17/10/2008
A vida dos eletricistas do Brasil está nas mãos das empresas de energia que ignoram medidas obrigatórias de segurança".
A frase é de Carlos Reis, presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo (Stieesp), em protesto contra os acidentes que ocorrem com esses profissionais.
Evitar acidentes do trabalho no setor é uma das principais metas do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, ante a gravidade das estatísticas referentes ao problema. De acordo com a última pesquisa realizada pela Fundação COGE (Funcoge), nas empresas de transmissão, geração e distribuição de energia elétrica, num universo de 108 mil profissionais contratados, foram registrados, em 2007, 906 acidentes, sendo 12 fatais. Quanto à taxa de gravidade de acidentados, esta diminuiu significativamente: de 719, em 2006, para 538, em 2007, aproximando-se da menor registrada no setor, de 504, em 1997.
"Os eletricistas são os responsáveis por oferecer um dos mais necessários instrumentos de infra-estrutura de qualquer sistema de produção. É preciso valorizar sua função e oferecer melhores condições de trabalho, aumentando a regulamentação e fiscalização. A segurança tem de ser requisito básico para qualquer trabalhador", salienta Carlos.
O sindicalista enfatiza ser necessário mais treinamento, capacitação e fiscalização pelos órgãos competentes, pois a empresa tem grande responsabilidade sobre a segurança dos funcionários. "No relatório da Funcoge, fica claro que os acidentes fatais, ao longo dos anos, têm como origens principais a elétrica, quedas e acidentes com veículos. Essas causas podem ser evitadas, especialmente as duas primeiras, que dependem exclusivamente do cumprimento de procedimentos técnicos de trabalho, como planejamento e supervisão.""
UGT - União Geral dos Trabalhadores