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Reformas são temas do Ciclo de Debates da UGT-Paraná


22/03/2017

Mais de 150 dirigentes sindicais das entidades filiadas à UGT de diversas cidades paranaenses lotaram o auditório da FECEP – Federação dos Empregados no Comércio do Paraná (entidade filiada à UGT), na tarde dessa terça-feira (21/03), em Curitiba (PR). Na pauta sindical acaloradas discussões sobre as reformas da Previdência e trabalhista, propostas pelo governo Temer (PMDB). Ricardo Patah, presidente nacional da UGT abriu o encontro, falando sobre as propostas da central sobre essas duas questões. Na sequência, Roberto Nolasco, diretor do IAE – Instituto de Altos Estudos da UGT,  aprofundou as questões técnicas embutidas nos dois projetos do governo federal.

 

Ao agradecer a presença de Patah e Nolasco no encontro, o presidente da UGT-PARANÁ, Paulo Rossi, destacou a importância da sociedade brasileira debater com seriedade a proposta de mudança na Previdência e no mundo do trabalho: “não podemos admitir que o governo  Temer venda a reforma da Previdência e trabalhista como sendo a salvação para a economia nacional. Todos nós sabemos que o caixa da Previdência é superavitário, e o governo usa esse dinheiro para outros fins, alheios ao que se destina as arrecadações previdenciárias. O judiciário já entendeu que toda esse propaganda alardeada por Temer é mentirosa e enganosa, inclusive proibindo a circulação dessas peças publicitárias nos meios de comunicação. Por outro lado, esse mesmo governo tenta empurrar os trabalhadores para uma precarização, propondo uma reforma trabalhista, que na verdade não passa de uma manobra para acorrentar o movimento sindical e desmobilizar a organização dos trabalhadores brasileiros, deixando-nos à mercê da ganância do capital”, desabafou Rossi.

 

Ricardo Patah foi categórico quanto a posição da UGT frente aos dois projetos do governo federal: “precisamos modernizar as relações de gestão dos bens públicos, mas nos moldes como está sendo apresentada a reforma da Previdência, somos totalmente contra. Não abrimos mão de nenhum direito trabalhista conquistado ao longo de anos de lutas, onde muitos companheiros sucumbiram enfrentando o desmando de governos antidemocráticos” disse Patah.  O dirigente sindical destacou que a UGT sempre estará aberta ao diálogo com o governo e com o Congresso, com a finalidade de buscar o entendimento que realmente possa gerar mais empregos – sem retirada de direitos da classe trabalhadora. Disse ainda que todo embate contra a proposta de reforma da Previdência  e trabalhista acontece no Congresso Nacional. “Por isso é importante que façamos mobilizações em todos os estados, conversando com cada parlamentar, mostrando que o povo brasileiro é contra essa reforma, e o deputado  ou senador que votar a favor desse projeto  estará votando contra os brasileiros e nunca mais será eleito para cargo nenhum em nosso país”, disse Patah.

 

Em sua palestra, Roberto Nolasco apresentou uma profunda análise sobre a questão previdenciária brasileira, desde a origem dos recursos até a aplicação desequilibrada do dinheiro arrecadado: “O IAE/UGT tem estudos técnicos elaborados por consagrados economistas brasileiros que mostram claramente o quanto o governo vem mentindo sobre os números da Previdência. O problema é de gestão e não da falta de recursos. O próprio governo reconhece que tem mais de 500 bilhões a receber de sonegadores e simplesmente não executa essas dívidas”.

 

Durante o encontro, o presidente da FECEP, Vicente Silva, entregou ao presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, a Carta de Resoluções do XVII Encontro dos Comerciários do Paraná, realizado dias 8, 9 e 10 de março em Guaratuba (PR),  com propostas e críticas às reformas da Previdência e trabalhista.

 

 

“Nós temos tecnologia, o que falta é conhecimento e busca pelo uso. O Brasil é o país mais rico do mundo, a nossa vocação é ser um país de ponta, mas isso depende de decisões políticas. Vale a pena ser sustentável. Não é só a gente que agradece, é a coletividade. Se todo mundo pensasse assim, acho que teríamos uma realidade diferente”, destacou Caribé.

 

 

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Ricardo Patah conclamou os dirigentes para uma vigilia permanente
contra as reformas da Previdência e trabalhista

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Vicente Silva, presidente da FECEP entregou a Patah a Carta
de Resoluções do encontro estadual dos comerciários paranaenses

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Paulo Rossi agradeceu a presença maciça de dirigentes ugetistas das
regionais Norte, Oeste, Noroeste e Litoral da UGT-PARANÁ

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Roberto Nolasco, do IAE, aprofundou as questões técnicas
propostas nas reformas previdenciária e trabalhista

Post Mario de Gomes
Em 22/03/2017
Fotos: MGS/UGT/FECEP


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