13/03/2017
Em clima de festa, alegria e muita reflexão, o Sindicato dos Comerciários de São Paulo e a União Geral dos Trabalhadores - UGT promoveram no domingo, dia 12, a 9ª edição do Mulher ComVida. Realizado no Parque do Carmo, zona leste da capital paulista, o evento teve nas ações de cidadania, uma das suas principais características.
Nas diversas tendas espalhadas pelo parque foram oferecidos os mais diversos serviços nas áreas de saúde, beleza, emissão de documentos, recreação infantil, oportunidade de empregos e recolocação profissional, além de uma série de outros serviços, que transformaram o parque do Carmo numa estação de cidadania e inclusão social.
Tudo isso, somado a grande manifestação cultural com a apresentação de músicos da Orquestra do Teatro São Pedro e também de artistas consagrados como Arlindo Cruz, Sampa Crew, Pixote, entre outros.
Ao longo do evento lideranças políticas e sindicais também registraram sua participação no evento, destacando que apesar das recentes conquistas ainda há muito que se avançar na busca de igualdade de direitos e reconhecimento da importância do papel da mulher na sociedade.
Para a vereadora Adriana Ramalho, uma das apoiadoras do evento, a luta pelos direitos das mulheres deve ser uma constante. “Todos os dias temos que conscientizar mais mulheres a lutar pelos seus objetivos. A mulher sempre lutou pelos espaços, desde outras décadas a mulher vem lutando com muita força para garantir seus direitos e ter mais reconhecimento. Acho que a conquista do direito ao voto em 1932, demonstra o quanto avançamos, mas conscientizar todo ano, principalmente no mês de março, é uma forma de demonstrarmos o quanto é necessário ampliar as discussões para que nossos direitos continuem a ser garantidos e que possamos angariar muitos outros.” Adriana reforçou a necessidade de ampliar a participação política das mulheres, citando como exemplo a Câmara de Vereadores de São Paulo, que apesar do dobrar o número de vereadoras na atual gestão, passando de 5 para 11, representam apenas 9% do total de 55 vereadores.
A Secretária da Mulher da UGT, Santa Regina Pessoti Zagretti, destacou a importância da união para que as mulheres alcancem seus objetivos. “Essa união é importantes para que possamos mostrar o nosso papel a nossa força, por que a mulher tem sempre o hábito de ficar no segundo plano e hoje não é mais isso. Em muitos casos ela tem sido a cabeça do casal e não perde o foco da organização, da família e do cuidado. Então esse evento serve para mostrar que estamos unidas, mostrar nosso trabalho e também que não admitimos nenhum direito a menos. Avançar sim mais regredir jamais”, afirmou Regina.
O deputado Antonio de Souza Ramalho, o Ramalho da Construção, destacou a importância da visibilidade, “que um evento como este organizado pelo Sindicato dos Comerciários e pela UGT, dá à causa das mulheres, que merecem toda nossa admiração e respeito por sua fundamental importância para o desenvolvimento da nossa sociedade”.
Para o Secretário nacional da Juventude da UGT, Gustavo de Pádua, que juntamente com representantes dos ODS Jornada 2030, apresentaram em uma das tendas uma oficina sobre hortas orgânicas, "o importante é que as ações deste evento possam não só impactar, mas também trazer benefícios diretos para quem participa, ao mesmo tempo que estimula a realização de novos projetos".
Para o Secretário de Organização e Políticas Sindicais da UGT, Chiquinho Pereira, o que mais tem chamado a atenção é a questão da violência contra a mulher. “Não é possível que no atual estágio de evolução do ser humano , ainda tenhamos de conviver com a violência contra as mulheres, que são agredidas e violentadas, na maioria das vezes em suas próprias casas. É preciso que o movimento sindical e fundamentalmente os governos tenham coragem de instituir políticas públicas que possam coibir esse tipo de violência contras as mulheres.
O secretário de assuntos econômicos da UGT, Cunha, enfatizou a questão da jornada dupla das mulheres como profissional e como gestora doméstica, lembrando que a proposta do governo de reforma da previdência que pretende igualar a idade para se aposentar tanto para homens como para as mulheres é injusta, pois não leva isso em consideração.
O presidente nacional da UGT Ricardo Patah, lembrou que ainda hoje as mulheres recebem baixos salários, cumprem duplas ou triplas jornadas, sofrem assédios sexual e moral, violência doméstica entre outras adversidades que comprovam que realizar mudanças da forma que foram apresentadas, sem um diálogo aprofundado com a sociedade é, no mínimo uma irresponsabilidade, por isso vamos a luta para evitar retrocessos. É por tudo isso, que a União Geral dos Trabalhadores esta na luta contra o projeto do Governo.
Imprensa UGT / Fotos: FH Mendes
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