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Presidente da UGT participa de debate sobre reforma trabalhista AASP


24/02/2017

Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT) esteve, na noite desta quinta-feira (23), na sede da Associação dos Advogados de São Paulo, em que foi promovido um debate sobre a Reforma Trabalhista.

 

O evento, que contou com a participação de Almir Pazzianotto Pinto, ex-Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Ricardo Dagre Schmid, advogado trabalhista e Roberto Parahyba de Arruda Pinto, especialista em Direito do Trabalho pela Universidade de Salamanca e presidente da Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas (ABRAT).

 

Em sua explanação, Ricardo Patah defendeu que a UGT é uma entidade reformista, mas não da maneira que esta sendo proposta pelo governo federal, pois, apesar de alguns pontos serem razoavelmente aceitáveis, existem muitos pontos que precisam ser melhor avaliados e discutidos.

 

“Apesar de sermos uma Central reformista, nós acreditamos que as reformas mais urgentes seriam as de estado e fiscal, que para a gente poder gerar emprego e renda. A trabalhista e a previdenciária não tem esse objetivo”, disse Patah.

 

Segundo o líder ugetista, desde que não prejudique a saúde dos Trabalhadores, é viável negociar o parcelamento das férias, do PLR e de outros temas, mas que precisam ser negociados por uma pessoa que seja escolhida pelo trabalhador e essa pessoa precisa ser ligada ao movimento sindical, quando o sindicalista Falou sobre a figura do representante de trabalhadores no local de trabalho.

 

“Esse é o tema que mais preocupa o movimento sindical, pois como está proposto na reforma trabalhista, a figura de um representante dos Trabalhadores no local de trabalho sem ligação com sindicato abre a possibilidade de o empregador escolher a pessoa que vai negociar com ele próprio, ou seja, é colocar a raposa para tomar conta do galinheiro”, disse o sindicalista.

 

Patah ressaltou que é preciso resolver também as interpretações em relação aos temas de trabalho temporário e jornada de trabalho.

 

 “É fundamental que a CLT seja modernizada, com valorização do movimento sindical, pois tudo mudou, a tecnologia é magnífica e está mudando tudo o que conhecemos e o tempo todo, então é preciso construir um instrumento que seja bom para todos, para combater a alta rotatividade é a informalidade, promovendo inclusão social e contribuindo para que o Brasil retome o crescimento econômico”, explicou Ricardo.

 

 

 

 


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