20/02/2017
Entrando em sua 22ª edição, o programa “Verão sem AIDS” promovido inicialmente pela Federação dos Químicos e Farmacêuticos (Fequimfar), ganhou novo formato e foi lançado em audiência pública na manhã desta segunda-feira, dia 20, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
O projeto agregou novos parceiros e hoje reúne, sindicatos e centrais sindicais, entre as quais a UGT, que participou deste lançamento através das Secretarias de Saúde e Segurança e Diversidade Humana. A ratificação e implementação da Recomendação 200, sobre o HIV e a Aids e o mundo do trabalho, aprovada pela Conferência Internacional do Trabalho da OIT, foi um dos temas abordados durante a audiência pública.
Os números são assustadores. Estimativas apontam que em 2016 haviam 36 milhões de pessoas infectadas em todo mundo. Deste total, mais de 30 milhões em idade laboral. No Brasil, de acordo com a UNAids - programa da Organização das Nações Unidas (ONU) para combater a doença - o número de pessoas infectadas volta a subir. Dados da entidade revelam que, se cerca de 43 mil novos casos eram registrados no país em 2010, a taxa em 2015 subiu para 44 mil.
A ideia do projeto é promover a capacitação e formação de multiplicadores de informação quanto a necessidade de prevenção da doença e também valorizar o papel das convenções coletivas para incluir em suas clausulas medidas relacionadas ao HIV/Aids. Em algumas convenções já se verificam clausulas ligadas a prevenção, fornecimento de kits para exames, contra discriminação, auxílio no tratamento e garantia de emprego. Porém, ainda são poucas e nota-se a ausência de cláusulas que tratem da proteção da mulher com HIV.
“Estamos muito felizes com essa unidade das centrais na luta pela prevenção ao HIV/AIDS e a defesa da adoção da recomendação 200 da OIT, que precisa ser adotada em nosso país, para fortalecer as demais políticas públicas”, disse João Scaboli, idealizador do Projeto Verão Sem AIDS.
Para o deputado estadual e presidente do Sindicato da Construção Civil de São Paulo, Antonio de Souza Ramalho, autor da convocação da Audiência Pública, é positiva a participação das centrais e é importante o envolvimento de todos para que as ações não fiquem apenas no papel.
A Secretária de Saúde e Segurança da UGT, Cleonice Caetano de Souza, abordou o aspecto da cultura discriminatória. “Precisamos combater essa cultura e lembrar que o HIV não esta somente relacionado a questão da promiscuidade. Precisamos agregar outras centrais e um número cada vez maior de sindicatos nesta luta”.
UGT - União Geral dos Trabalhadores