14/02/2017
O presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah participou, na manhã desta terça-feira (14), da Conferência Gestão e Tendências na Área Trabalhista, que aconteceu no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo.
Patah, que ministrou palestra no painel “Negociação Sindical”, em que o líder ugetista fez uma exposição sobre o que é a UGT, seus princípios e o que a Central espera para esse atual cenário político brasileiro.
“Somos uma entidade que atua visando um sindicalismo cidadão, ético e inovador, então acreditamos que é preciso olhar o trabalhador de uma forma mais ampla, que ultrapasse as barreiras entre o capital e trabalho”, disse Patah.
O seminário reuniu representantes de entidades patronais de diversos segmentos e estados brasileiros, desta forma, o presidente ugetista foi o único sindicalista a ministrar uma palestra no evento.
Patah reforçou a necessidade das empresas melhorarem o relacionamento com os sindicatos, fazendo isso de forma transparente. “Essa relação não pode se dar somente nos períodos de negociação coletiva, é preciso fortalecer um relacionamento de confiança mutua”, comentou.
Em relação a reforma trabalhista, o sindicalista reforçou a tese de que essa é uma medida que não visa a ampliação de empregos ou a geração de postos de trabalho. “Nós não temos receio dessa reforma, mas acreditamos que existem temas mais urgentes a serem abordados como as áreas política e fiscal, essas sim criarão emprego e melhoram a distribuição de renda para a população”, ponderou Patah.
“Existem temas nessa proposta apresentada que são aceitáveis, como a questão das férias, que poderão ser divididas em até três períodos durante o ano, acho que de respeitar algumas regras básicas, como a integridade física do trabalhador, tudo bem”, avaliou o sindicalista.
“O que nos preocupa é a questão do governo querer regulamentar a figura do representante dos trabalhadores em local de trabalho, da forma como está proposta, em que essa pessoas não precisa ter vínculo sindical, abre a possibilidade de as empresas indicarem esse representante, tirando a autonomia das entidades sindicais e abrindo margem para acordos fraudados”, completou.
O presidente ugetista encerrou sua palestra afirmando que não existe sindicalista que queira fechar um estabelecimento, um fábrica ou uma loja, pois sabe que dali milhares de pessoas sustentam suas famílias e aquecem a economia. “É preciso salientar que todos nós aqui queremos um Brasil melhor, com melhor distribuição de renda, inclusão social, com pleno emprego e com o mercado interno aquecido, para poder gerar e vender nossas riquezas”, concluiu Patah.
Por Fábio Ramalho – Imprensa UGT / Fotos - FH Mendes
UGT - União Geral dos Trabalhadores