10/02/2017
Após dois dias de intensos debates foi encerrado nesta sexta, dia 10, o Seminário “Fortalecendo a Autonomia – Aliança entre UGT e povos indígenas”, realizado na sede nacional da União Geral dos Trabalhadores em São Paulo.
O encontro reuniu sindicalistas, representantes dos povos indígenas, instituições como a OIT – Organização Internacional do Trabalho, PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, FUNAI –Fundação Nacional do Indio, CSA – Confederação Sindical das Américas, Solidarity Center, e ONGs ligadas às causas indígenas e Direitos Humanos.
Ao final do encontro, entre muitas dúvidas prevaleceu a certeza de que sindicalismo e questão indígena não são incompatíveis e que podem caminhar juntos na busca de soluções, afim de que o indígena seja reconhecido como um trabalhador, não devendo em hipótese alguma, ficar de fora do guarda-chuva de proteção da legislação que assegura os direitos trabalhistas. Segundo o Secretário para Assuntos dos Povos Indígenas da UGT, Idjawala Rosa Karajá, “ganhamos muito com este seminário, e com esse espaço que estamos conquistando junto ao meio sindical. Demos um passo importante para sairmos da posição de assistir e passarmos a ser atores, ou seja, ter direito a voz como agentes do processo”.
Os debates desta sexta-feira contaram com a participação de Camila Asano, coordenadora da Conectas (Ong internacional especializada em Direitos Humanos) que falou sobre os povos indígenas e o sistema interamericano de Direitos Humanos da OEA; Jana Silverman, da Solidarity Center; e Carolina Dantas, da CSA, que discorreu sobre as experiências de trabalho conjunto: movimento sindical e povos indígenas na América Latina.
Debater mais o tema com os não indígenas, preservação dos direitos dos povos, denúncias contra a violência, criação de uma rede de comunicação e preservação desta aliança que está se firmando com o meio sindical, foram questões amplamente difundidas pelos participantes do seminário.
“Há muito o que fazer e uma das certezas que temos é que não podemos ficar parados”, afirmou o Secretário de Integração das Américas da UGT, Sidnei de Paula Corral. As demandas que foram tiradas durante o encontro deverão ser sintetizadas e dar origem a um documento que deverá ser apresentado em outros fóruns como por exemplo, a próxima reunião da OIT, que será realizada no Uruguai.
Imprensa UGT
UGT - União Geral dos Trabalhadores