08/02/2017
A União Geral dos Trabalhadores (UGT), está promovendo o 1° Seminário de Organização no Setor de Minérios e Derivados de Petróleo. O evento, que acontece em São Paulo, durante os dias 08 e 09 de fevereiro, reúne dirigentes sindicais do segmento de todos os Estados da Federação.
A mesa de abertura, contou com a presença de Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, Canindé Pegado e Francisco Pereira (Chiquinho), respectivamente, secretário Geral e de Organização e Políticas Sindicais da UGT, Valter Alberto e Adilson Carvalho de Lima, secretário e adjunto da secretaria dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo, Isaac Neco, vice-presidente do Sinthoresp, Natal Leo, presidente do Sindiapi-UGT, Maria Antonieta de Lima, presidente do Sindiminérios de São José dos Campos e José Martins dos Santos, presidente da Fapeprol.
Ricardo Patah, presidente nacional da UGT enfatizou que o setor de minérios e derivados de petróleo é estratégico, tanto para o movimento sindical quanto para o desenvolvimento do Brasil, por esse motivo que é uma das categorias que mais tem Normas Regulamentadoras (NRs), por isso é um setor que merece debate aprofundado, que é a proposta deste evento.
Patah lembrou que no ano de 2017, serão contundentes os desafios que a classe trabalhadora terá de enfrentar, justamente por conta dos projetos de reforma propostos pelo governo e que, atingem todas categorias profissionais brasileiras e, levando especificamente para o setor de minérios e derivados de petróleo, entre todas as perdas, os trabalhadores do setor serão prejudicados justamente na sua aposentadoria especial.
Durante esses dois dias, o encontro terá a finalidade de discutir os principais problemas encontrados no setor, com foco voltado na segurança dos trabalhadores e para a aposentadoria. “É muito difícil reunir tantos dirigentes em um evento como esse, principalmente porque não estamos aqui defendendo bandeiras ou ideologias, pois para defender os trabalhadores, precisamos estar unidos”, disse Valter Adalberto, secretário nacional dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados d Petróleo.
O encontro, promovido pela UGT é um evento plural que contempla sindicatos ligados a outras centrais sindicais, como Força Sindical, Nova Central e CUT. “Este é um evento ímpar para a luta do movimento sindical em geral, mas principalmente para o setor de minérios, pois nos últimos anos, as centrais entraram numa briga desenfreada e sem medidas para ver quem tinha mais filiados, quem era mais que quem e deixando de lado o foco da sua existência, que é a defesa da classe trabalhadora”, explicou Francisco Pereira (Chiquinho), secretário nacional de Organização e Políticas Sindicais da UGT.
Chiquinho reforçou que esse embate entre sindicalistas proporcionou um campo favorável para que fossem elaboradas propostas que viessem atentar contra toda a classe trabalhadora e a sociedade de um modo geral. “Agora o governo federal surge com um pacote de maldade que vai na contramão de tudo o que o movimento sindical acredita e luta. Por isso, este evento é tão fundamental, para provar para todas as categorias que é possível a gente lutar juntos, independente das cores da bandeira, mas que seja em defesa da classe trabalhadora”.
Em seu discurso, Maria Antônia lembrou que este é um setor majoritariamente masculino, falou que o assédio ainda é muito forte e que é desumano o governo propor mudanças na aposentadoria especial ou igualar o tempo de aposentadoria entre homens e mulheres. “Quando uma mulher entra no mercado de trabalho, é para complementar sua renda familiar ou para sustentar seu lar. Ela está lá porque está capacitada e preparada para tal, não tem o porque existir essa discrepância salarial em relação aos homens e quanto a aposentadoria, é inaceitável a discussão para igualar o tempo de contribuição, pois as mulheres cumprem dupla e as vezes tripla jornada de trabalho”, conclui Maria.
Os debates continuam durante todo o dia e os participantes assistirão palestras sobre a estrutura sindical brasileira e a sua organização, as NRs ligadas ao setor e a importância da categoria na cadeia produtiva.
Por Fábio Ramalho – Imprensa UGT
UGT - União Geral dos Trabalhadores