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Em Minas Gerais, onde segue indefinida a Campanha Salarial dos quarenta mil trabalhadores em Postos de Combustíveis e Lojas de Conveniência, cuja data-base é 1° de novembro, o Sinpospetro-BH, entidade filiada a União Geral dos Trabalhadores (UGT), realizará nesta quinta-feira (09), um encontro entre dirigentes da categoria daquele estado e Eusébio Pinto Neto, presidente da Federação Nacional dos Frentistas – Fenepospetro e do Sinpospetro-RJ.

Programado para as 10 horas, o encontro, na sede do Sinpospetro-BH e vai debater com a diretoria das cinco entidades daquele Estado as estratégias e os rumos da Negociação Coletiva 2016/2017, cujas dificuldades de acordo, patente àquele Estado, se agravaram durante o terceiro encontro entre os sindicalistas e a Minaspetro, ocorrido no dia 26 de janeiro na sede dos representantes patronais.

Na ocasião, a patronal, além de não se manifestar a respeito de contraproposta salarial tentou, ancorada no discurso da propalada crise econômica e na escalada do desemprego, impor restrições a direitos como a PLR- Participação Nos Lucros e Resultados e cancelar o descanso mensal de dois domingos, ambas conquistas  garantidas há mais de cinco anos na Convenção Coletiva da categoria.

Unificada junto à Fenepospetro, a  Negociação Coletiva em Minas Gerais tem entre as principais reivindicações:  reajuste salarial de 8,5% (INPC) com 5,5% de ganho real, aumento na cesta- básica e a inclusão de benefícios, como o vale-refeição. 

Oportunismo 

O discurso de crise dos patrões com o único objetivo de forçar retirada de direitos e de também impedir a continuidade de avanços sociais e econômicos para os trabalhadores não pode, de maneira alguma, servir como parâmetro à condução das Negociações Coletivas, segundo a direção da Fenepospetro.

Para a entidade, no caso dos Frentistas, depõe contra esse argumento, comum às patronais de todo o país, dados da própria Fecombustível. Em relatório recente, a entidade, que representa em todo o Brasil mais de quarenta mil empresas revendedoras, para o mercado de venda de combustíveis são animadoras as expectativas de recuperação e de crescimento, setor que segue entre os menos impactados pela retração no consumo, na comparação com os demais setores.