01/12/2016
Transformar o 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a AIDS foi uma decisão da Assembleia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas - ONU. A data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/AIDS. A escolha dessa data seguiu critérios próprios das Nações Unidas. No Brasil, a data passou a ser adotada a partir de 1988.
O preconceito e a discriminação contra as pessoas vivendo com HIV/AIDS são as maiores barreiras no combate à epidemia, ao adequado apoio, à assistência e ao tratamento da AIDS e ao seu diagnóstico. Os estigmas são desencadeados por motivos que incluem a falta de conhecimento, mitos e medos. Ao discutir preconceito e discriminação, o movimento sindical espera aliviar o impacto da AIDS no País. O principal objetivo é prevenir, reduzir e eliminar o preconceito e a discriminação associados à AIDS. O Brasil já encontrou um modelo de tratamento para a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, que hoje é considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) uma referência para o mundo. Agora nós, brasileiros, precisamos encontrar uma forma de quebrarmos os preconceitos contra a doença e seus portadores e sermos mais solidários do que somos por natureza. Acabar com o preconceito e aumentar a prevenção devem se tornar hábitos diários de nossas vidas.
R200 - Recomendação sobre o HIV e a AIDS e o Mundo do Trabalho
A Recomendação 200 da OIT enfatiza e nos faz refletirmos e agirmos, pois o HIV e a AIDS tem um sério impacto na sociedade e nas economias, no mundo do trabalho, tanto em setores formais como informais, nos trabalhadores, suas famílias e dependentes, nas organizações de empregadores e de trabalhadores e nas empresas públicas e privadas, e comprometem a realização de um trabalho decente e o desenvolvimento sustentável.
Reafirmamos a importância do papel dos movimentos sindical, popular, esferas de governo e da Organização Internacional do Trabalho no combate ao HIV e à AIDS no mundo do trabalho e a necessidade de intensificarmos esforços para alcançar a justiça social e eliminarmos a discriminação e estigmatização ligadas ao HIV e à AIDS, em todos os aspectos dos ambientes de trabalho.
Não podemos aceitar e temos a missão de combatermos a discriminação e os estigmas contra os trabalhadores e trabalhadoras nos ambientes de trabalho; ou os que buscam emprego ou a ele se candidatam, pelo simples fato de sua aparência; sua orientação sexual; seu comportamento fora do trabalho ou pelo fato de pertencerem a regiões do mundo ou a segmentos da população tidos como de maior risco ou de mais vulnerabilidade à infecção pelo HIV.
Nenhum trabalhador deve ser obrigado a submeter-se a exame de HIV nem a revelar sua situação sorológica. Medidas para cuidar de HIV e AIDS no mundo do trabalho devem fazer parte das políticas e programas nacionais de desenvolvimento, inclusive os relacionados com trabalho, educação, proteção social e saúde; e a proteção dos trabalhadores que exercem ocupações particularmente expostas ao risco de transmissão do HIV.
O comprometimento do movimento sindical é necessário nesta compreensão dos direitos e das garantias de um ambiente saudável, inclusivo, aonde o trabalhador possa desenvolver a sua capacidade de produção sem ser vitima de leviandades por parte do empregador e também da equipe de trabalho.
Conhecer e difundir a recomendação da OIT e exigir o cumprimento das partes envolvidas nas ações, oferecendo aos nossos representados assessoria jurídica e psicológica, se necessário, faz parte deste novo movimento sindical que nossa central sindical UGT tem capitaneado junto à sociedade. É um compromisso assumido na fundação de nossa central, e esperamos cada vez mais alcançarmos os espaços de garantia e ampliação de nossos direitos.
Cleonice Caetano Souza
Nesta quinta-feira (1º de dezembro) é o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. Para celebrar a data, várias atividades são realizadas pelo Brasil. Entre testagem rápida, ações culturais e educativas, estados e municípios pretendem conscientizar a população a respeito da prevenção do HIV, AIDS e outras DSTs, além de diagnosticar as pessoas vivendo com HIV e que não sabem sobre sua sorologia. Confira abaixo a programação de algumas regiões
http://agenciaaids.com.br/home/noticias/noticia_detalhe/25611
O que é AIDS
Uma deficiência no sistema imunológico, associada com a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana HIV - (Human Immunodeficiency Virus), provocando aumento na susceptibilidade a infecções oportunísticas e câncer.
Transmissão:
- o vírus HIV pode ser transmitido pelo sangue, sêmen, secreção vaginal, leite materno
- relações sexuais homo ou heterossexuais, com penetração vaginal, oral ou anal, sem proteção da camisinha, transmitem a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis e alguns tipos de hepatite
- compartilhamento de seringas entre usuários de drogas injetáveis
- transfusão de sangue contaminado
- instrumentos que cortam ou furam, não esterilizados
- da mãe infectada para o filho, durante a gravidez, o parto e a amamentação.
Tratamento:
Atualmente a terapia com os chamados “antirretrovirais" proporciona melhoria da qualidade de vida, redução da ocorrência de infecções oportunísticas, redução da mortalidade e aumento da sobrevida dos pacientes. (Os antirretrovirais são medicamentos que suprimem agressivamente a replicação do vírus HIV).
Fique sabendo:
A Aids não é transmitida pelo beijo, abraço, toque, compartilhando talheres, utilizando o mesmo banheiro, pela tosse ou espirro, praticando esportes, na piscina, praia e, antes de tudo, não se pega aids dando a mão ao próximo, seja ele ou não soropositivo.
Na maioria dos países, esse dia já se tornou um evento anual, que conta com a participação de diversos segmentos da população. Algumas atividades típicas do Dia Mundial de Combate à AIDS:
- vigílias e marchas
- performances de grupos de teatro
- recitais de poesia
- debates públicos
- campanhas de TV
- maratonas
- seminários
UGT - União Geral dos Trabalhadores