16/11/2016
Na tarde de terça-feira, 15 de novembro, o ministro brasileiro da Agricultura, Blairo Maggi, apresentou, na Conferência do Clima em Marrocos (COP22), um painel sobre produção agrícola sustentável.
Maggi mostrou, em gráficos e imagens, o que o País vem desenvolvendo nesse aspecto, de forma pioneira. No âmbito de negociações com outros mercados, o Brasil vem provocando novas regras, incluindo a adoção por outros países da reserva legal, que, em termos de produção agrícola, é um terreno de propriedade privada que não pode ser ocupado, e sim preservado – o que traz resultados positivos para a produção. Em relação à produção de alimentos em baixo carbono, o Brasil também se mostra na vanguarda das práticas sustentáveis.
Ainda durante a apresentação, foi abordada a questão fundiária brasileira, que sofre resultados de projetos de reforma agrária realizados de forma que impossibilitam a regularização das propriedades em todo o País, impedindo que o controle ambiental seja mais efetivo em muitas propriedades rurais.
Em conversa com Renato Guerra, secretário adjunto de Meio Ambiente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Maggi contou que o Ministério está empenhado em promover a agricultura sustentável e que o produtor deve estar junto aos ambientalistas, pois ele é diretamente o agente transformador e deve estar imbuído do senso de preservação.
Renato também questionou o ministro sobre a transição justa para muitos trabalhadores rurais no que se refere a práticas arcaicas que foram proibidas por leis ambientais e constitucionais. Blairo Maggi informou que o assunto deve ser discutido de forma mais profunda e que o Ministério da Agricultura deve ser envolvido na temática como parte importante no desenvolvimento sustentável do País.
UGT - União Geral dos Trabalhadores