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A UGT (União Geral dos Trabalhadores) sediou, nesta segunda-feira, 31, o workshop “Agenda 2030 e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, organizado pela Comissão Estadual de Emprego e Trabalho Decente (CEETD). A Agenda 2030 é uma iniciativa que não apenas promove os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), mas prepara entidades sindicais e lideranças para sua implementação.

Participaram do evento, conduzido por Letícia Mourad Lobo Leite, vice-presidente da Comissão Estadual de Trabalho Decente, representantes de diferentes centrais sindicais, setor patronal, governo do Estado de São Paulo (representado pela Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho) e sociedade civil – esferas que formam a CEETD, além do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), órgão da ONU (Organização das Nações Unidas) criado para executar ações que contribuam para o alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

A meta do encontro foi comemorar o Dia Mundial do Trabalho Decente (7 de outubro) e refletir, de forma integrada, sobre a transversalidade dos ODS, ou seja, pensar como cada setor da sociedade pode contribuir separadamente para a realização dos objetivos em conjunto.

“Que bom que esse evento está sendo realizado aqui na UGT, central que tem como associados a maior parte dos trabalhadores considerados ‘invisíveis’ – o limpador de rua; o motoboy que toda hora se acidenta ou morre nas ruas; o comerciário, que lida com a precariedade e a terceirização. Nossa Central nasceu, em 2007, justamente para superar essas adversidades do dia a dia. É muito difícil falar em trabalho decente quando há 12 milhões de pessoas que sequer estão trabalhando. O desemprego está muito alto. Mas vamos superar a crise e não ficar só no discurso – vamos agir!”, disse Ricardo Patah, presidente nacional da UGT.

Falando em ação, segundo Leocides Fornaza, secretário do Trabalho da UGT, “a Central já possui o Observatório do Trabalho Decente e está levando essa ideia para todas as estaduais”.

José Luiz Ribeiro, secretário de Estado do Emprego, comemorou o fato de o “mundo ter acordado”. “Percebemos que nenhum produto pode existir a partir da exploração humana. Essa consciência é o primeiro passo para atingir o trabalho decente.”

“O item dos ODS mais abordado pelo mundo sindical é o trabalho decente é o. Mas, na realidade, os objetivos são indivisíveis. Por meio do trabalho decente, atingiremos todas as outras metas”, explicou Gustavo de Pádua, secretário Nacional de Juventude da UGT.

E complementou: “A UGT tem como direcionamento o sindicalismo cidadão. Isso se conecta à Agenda no sentido de precisarmos enxergar o trabalhador como um cidadão e propor soluções que o auxiliem não apenas em questões salariais e trabalhistas, mas também como um ser humano que precisa de melhores condições de vida”.

Ainda de acordo com o secretário, o caminho é “sensibilizar o movimento sindical, capacitar e monitorar as ações”.

Para Isadora Cardoso Vasconcelos, do PNUD, os ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) tinham o governo como principal demandado. “Agora, os ODS exigem uma parceria entre os múltiplos setores da sociedade.”

Também estavam presentes no evento Beatriz Santos, do PNUD; Viviane Prado, da Confederação das Mulheres do Brasil (CMB); Edwaldo Sarmento, representante da Federação de Serviços do Estado de São Paulo. “Somos uma comissão (a CEETD), em que as divergências se movimentam para a convergência”, disse Sarmento.

Em 2017, a Comissão será presidida por representantes da UGT e da Força Sindical. “Vamos continuar em busca do trabalho decente e da dignidade também para além do horário de trabalho”, disse Gustavo Garcia, representante da UGT.

O workshop terminou com uma dinâmica em grupo, que teve como objetivo levantar discussões sobre como as empresas em que cada participante trabalha desenvolvem ações para alcançar os objetivos sustentáveis. 

Ana Castanho, Imprensa UGT