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Gastos do governo federal crescem menos que o PIB e temos mais jovens pobres nas universidades.


18/08/2008

Gastos do governo federal crescem menos que o

PIB e temos mais jovens pobres nas universidades

As boas notícias nem sempre recebem muito destaque na imprensa. É um hábito da grande imprensa destacar apenas o aspecto negativo de uma notícia. Por isso, aqui insistimos, sempre que o assunto merece, em chamar sua atenção para notícias como essa, em que mostra que o governo federal vem reduzindo, gradativamente, a expansão do gasto público. De acordo com avaliação da Fundação Getúlio Vargas.

Veja o resumo da notícia: Sem fazer nenhum alarde, o governo quase certamente conseguiu pôr a expansão dos gastos federais num ritmo inferior ao do PIB. Segundo cálculos do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio, as despesas primárias do governo federal tiveram crescimento real de 4,4% de janeiro a junho. É menos que os 5,5% a 6% que o mercado estima que o PIB cresceu no primeiro semestre, e muito inferior ao ritmo de 6,9%, 9,6% e 11,1% registrado pela expansão dos gastos primários, respectivamente nos primeiros semestres de 2005, 2006 e 2007. Embora o diagnóstico geral seja de que o gasto público continua elevado e com qualidade duvidosa.

Aluno de baixa renda ganha espaço nas universidades

Uma excelente notícia mostra que de 2004 a 2006, total de estudantes com renda de até 3 salários mínimos subiu 49%. As justificativas para a presença dos estudantes pobres na Universidade são: ProUni, aumento de vagas e expansão da classe média. Mesmo assim, o total de estudantes de famílias pobres que freqüentam a universidade oscila entre 10,1% e 15,1%, enquanto que no total da sociedade brasileira, os pobres são ainda, infelizmente, 55,2%. Ou seja, precisamos melhorar muito mais a participação destes estudantes de renda mais baixa nas universidades.

Veja o texto: Puxada pelo ProUni, pelo aumento de vagas e pelo alargamento da classe média, a participação de alunos de baixa renda no ensino superior do Brasil cresceu nos últimos anos.

De 2004 a 2006, a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) registrou um aumento de 49% na proporção de universitários com renda familiar mensal de até três salários mínimos -de 10,1% para 15,1%, segundo dados tabulados pelo pesquisador Simon Schwartzman, do Iets (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade).

Na população em geral, a proporção de pessoas com essa faixa de renda subiu apenas 8%.

Embora tenha ganhado mais espaço, esse segmento ainda está subrepresentado no ensino superior, já que, em 2006, o total de brasileiros com renda de até três salários mínimos era muito maior -55,2%.

Considerando a baixa base de comparação, especialistas apontam que o ProUni tem impacto significativo no movimento de ingresso de alunos mais pobres no ensino superior: em 2006, entraram 360 mil alunos de baixa renda a mais do que em 2004
o programa do governo federal, que começou em 2005, ofereceu 204 mil bolsas no período.

Regina Vinhaes, da UnB (Universidade de Brasília) acrescenta que, nos últimos dez anos, a oferta de vagas no ensino superior mais do que quadruplicou, puxada principalmente pela rede particular.

Ryon Braga, da Hoper Consultoria, aponta ainda a ampliação do financiamento educacional e a queda dos preços cobrados por instituições privadas como explicações. Estudo feito por ele mostra que, em 1996, o valor médio da mensalidade era de R$ 840, em valores corrigidos. Hoje, é de R$ 427.

A médio e a longo prazo, porém, a sustentabilidade desse movimento de abertura do ensino superior à população de baixa renda ainda é incerta.

Uma dificuldade para a expansão é que o ensino médio não está formando gente suficiente, e o ProUni já tem dificuldade de encontrar candidatos", aponta Schwartzman. "Além disso, vai depender da capacidade das pessoas de pagarem, o que vai depender, também, da economia", afirma.

Desde 2000, o patamar de alunos que concluem o ensino médio está estacionado em cerca de 2 milhões. Já o ProUni tem alto índice de bolsas ociosas -39% na última seleção.

Responsável pelo programa, o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Ronaldo Mota, argumenta que os jovens egressos do ensino médio são apenas parte do público que passou a entrar na universidade. "Mais de 40% dos ingressantes vêm do mundo do trabalho, já se formaram há muito tempo e não tiveram oportunidade na época", diz.

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