12/08/2008
Você, que acompanha o trabalho da UGT, conhece nossa preocupação com a geração de emprego. Mas estamos atentos também à qualidade do emprego. Que deve incluir quem está fora do mercado de trabalho, garantir salários dignos e qualidade de vida, no caso dos trabalhadores da construção civil significa sobreviver aos constantes acidentes.
Em 2008, entre janeiro e julho, a construção civil foi responsável por 40% das contratações temporárias, enquanto o varejo, promoções e administrativo concentraram 20% das vagas cada um.
Na opinião de Enilson Simões de Moura, o Alemão, vice-presidente da UGT, o que acontece na indústria da construção civil, a que mais se aproveita do crescimento econômico do Brasil, é que os patrões não são patriotas, não confiam no Brasil, por isso não investem no treinamento e na contratação prolongada de seus empregados", afirma.
Vários Setores da economia recorrem ao trabalho temporário para responder às pressões da demanda. No primeiro semestre, a procura por este tipo de empregado subiu 16% sobre igual período do ano passado, segundo pesquisa da agência Gelre, especializada em recrutamento de trabalhadores temporários. Mudou, segundo a agência, os setores que contratavam temporários. Antes, era o varejo. Agora, é a construção civil.
Até o ano passado, o varejo era responsável por 50% da contratação de temporários no País, enquanto a construção civil ficava com 20%. Seguuido pelo setor de promoções (20%) e áreas administrativas (10%). A UGT vai acompanhar de perto os indicadores de acidentes e apoiar todas as campanhas para a formalização dos trabalhadores em construção civil. Para evitar que os maus patrões encham os bolsos de dinheiro, colocando em risco a vida dos trabalhadores e buscando maneiras de precarizar o trabalho. (Ricardo Patah)"
UGT - União Geral dos Trabalhadores