21/09/2016
Ricardo Patah e Canindé Pegado, respectivamente, presidente e secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT), participaram do Fórum Estadão Brasil Competitivo, realizado pelo Estadão, em parceria com a CNI (Confederação Nacional da Indústria), nesta quarta-feira, 21.
O evento, cujo tema foi “Modernização nas Relações de Trabalho”, foi aberto por João Caminoto, diretor de jornalismo do Grupo Estado; Robson Braga, presidente da CNI; Ives Gandra da Silva Martins Filho, presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho); e Ronaldo Nogueira, ministro do Trabalho.
Na sequência, foram dois os painéis que compuseram a programação. O primeiro, “A Experiência Internacional”, contou com participação de Daniel Samaan, da OIT (Organização Internacional do Trabalho); Nicolas Chenevoy, da Universidade de Paris X – Nanterre; e Nelson Manrich, professor titular da Faculdade de Direito da USP.
Do segundo painel, “As Visões Brasileiras”, participaram Ricardo Patah, presidente da UGT e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo; Alexandre Furlan, presidente do Conselho Temático de Relações do Trabalho e Desenvolvimento Social da CNI; e Ives Gandra.
Na ocasião, o ministro do Trabalho esclareceu que o Governo não defende a supressão dos direitos dos trabalhadores ou o aumento das horas trabalhadas, conforme divulgado na mídia após seu último discurso. Ronaldo Nogueira reiterou que o que defende é a flexibilização da jornada de trabalho, mas informou que a reforma trabalhista deverá ficar para o segundo semestre de 2017, uma vez que o foco agora deve ser a questão fiscal.
Ricardo Patah reforçou a importância do diálogo para o crescimento do País. “Um dos maiores problemas que temos são empresas pobres com empresários ricos. Precisamos investir em capacitação. Não é possível que não sejamos capazes de aprimorar as relações. É na negociação que se percebem as necessidades de cada lado. Sou a favor da regularização da terceirização, mas precisamos de alternativas que tragam emprego e participação. Precisamos ter flexibilização sem perda de direitos .Nenhum sindicato quer que empresas quebrem. Preferimos, obviamente, a empresa que gera empregos do que a que quebra porque não cumpriu os direitos.”
Questionado sobre a afirmação do ministro do Trabalho, Patah relatou que não houve acordo antecipado sobre o adiamento da reforma trabalhista para o segundo semestre, mas que é algo compreensível pois ainda é necessário muito diálogo.
Ana Castanho, Imprensa UGT
UGT - União Geral dos Trabalhadores