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É preciso lutar e resistir


05/06/2008

Com muito orgulho, o nosso Sindicato continua fazendo parte da recente história de conquistas do movimento sindical para os trabalhadores brasileiros. Nossa categoria tem conquistado importantes aumentos reais de salário, colaborando para impulsionar o crescimento econômico no País, e participa ativamente de todas as lutas pela ampliação dos direitos dos trabalhadores.

Barramos no Congresso Nacional a emenda 3, que tirava direitos dos trabalhadores, conquistamos uma política permanente de reajuste para o salário mínimo, garantimos a correção da tabela do Imposto de Renda e conseguimos a regulamentação das centrais sindicais, entre outras conquistas históricas para o movimento sindical.

No entanto, para impedir as futuras conquistas sociais dos trabalhadores, setores conservadores do País tentam enfraquecer o movimento sindical perante a opinião pública. Para isto, contam com o apoio de parte da mídia para divulgar falsos argumentos contra a redução da jornada e desmerecer as conquistas dos trabalhadores, fruto da união do movimento sindical em todo o País.

Todavia, uma resposta foi dada no dia 28 de Maio - Dia Nacional de Luta pela Redução da Jornada de Trabalho e pela ratificação das convenções 151 (que garante o direito de negociação coletiva aos servidores públicos) e 158 (que proíbe a demissão imotivada) da Organização Internacional do Trabalho.

De forma organizada e consciente, participamos da mobilização em defesa dos interesses dos trabalhadores, pela geração de novos postos de trabalho, desenvolvimento econômico, distribuição de renda e mais qualidade de vida.

Hora de debater os meios de comunicação

Você já deve ter percebido a quantidade de notícias negativas veiculadas atualmente pela mídia contra o movimento sindical. Além do antigo preconceito contra a classe operária, isto é um claro sinal de que as recentes conquistas do sindicalismo atingem em cheio os interesses das classes dominantes. O problema é que para quem recebe a mensagem fica a impressão de que todo o sindicalismo não é confiável. Não é preciso muito esforço para perceber que isto não é verdade!

Por isto, defendemos o debate sobre a democratização dos meios de comunicação no Brasil. É fundamental a existência de uma oposição ao sistema centralizador - e de exclusão da maioria da população - praticado pela mídia (grande imprensa, rádio e TV), que é controlada por grandes grupos econômicos que tentam destruir a capacidade de pressão sindical dos trabalhadores.

Historicamente, o Brasil optou pelo sistema comercial de comunicação lá na década de 1930. Vale lembrar que neste sistema apenas uma dezena de famílias controla 85% da informação produzida e distribuída no Brasil, apesar do artigo 220 da nossa Constituição proibir o monopólio.

Neste sentido, o direito à comunicação deve ser entendido como um direito tão importante quanto qualquer outro. Cabe então ao movimento sindical entrar também na luta pela democratização dos meios de comunicação e propor amplos debates sobre o tema".

Chiquinho Pereira - Presidente licenciado do Sindicato dos Padeiros de São Paulo e Secretário Nacional de Organização e Políticas Sindicais da UGT-União Geral dos Trabalhadores

Fonte: Assessoria de Comunicação do Sindicato dos Padeiros de São Paulo/Jornal A Massa

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