01/08/2008
OS TRABALHADORES PARAENSES PAGAM O MAIOR CUSTO DE CESTA BÁSICA DO BRASIL
O custo da alimentação básica dos paraenses continua entre os mais altos do país. Em julho, para comprar os doze itens da cesta básica o trabalhador precisou desembolsar R$ 211,13, um reajuste de 0,58%, em relação ao mês de junho. O índice acumulado nos primeiros sete meses já chega a 11,12%. O estudo é do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos).
De acordo com o balanço, em 16 capitais, somente Goiânia e Recife apresentaram recuo de preços em relação ao mês de junho.
No mês, a maioria dos produtos apresentaram aumentos de preços, a exceção ficou por conta do feijão que apresentou queda de 7,77 %, do óleo de cozinha com queda de 4,62% e do café com redução de preço de 0,85%.
Os reajustes mais expressivos foram verificados no tomate, com crescimento de 3,58%
seguido da manteiga, com alta de 2,91%
da farinha de mandioca com 2,13%
da banana, com alta registrada no período de 1,92%
do pão com 1,38 %
e a carne com 0,93 %.
O custo dos alimentos básicos para uma família padrão paraense, composta de dois adultos e duas crianças, ficou em R$ 633,39, sendo necessários, portanto mais de um salário mínimo e meio para garantir a alimentação. Ainda com base na pesquisa, o trabalhador paraense comprometeu 55,30% do novo salário mínimo de R$ 415,00.
2008 - No ano, o reajuste acumulado foi de 11,12%. A inflação oficial estimada para o mesmo período não chega a 4%. Nos primeiros sete meses de 2008 somente nos meses de fevereiro e março a cesta apresentou recuo de preço.
No período analisado, os maiores aumentos foram observados no tomate com alta acumulada de 46,54%, seguido do arroz com um reajuste de 38,89%. As exceções ficaram por conta do açúcar com redução de 17,20% e do feijão com queda acumulada no período de 21,97%.
UGT - União Geral dos Trabalhadores