06/09/2016
A categoria bancária deflagra nesta terça-feira (6) greve nacional por tempo indeterminado. Os bancários de São José dos Campos e 13 cidades da Região rejeitaram o reajuste salarial proposto pela Fenaban (6,5% mais abono de R$ 3 mil) e aprovaram deflagração de greve em assembleia realizada no último dia 1º.
A proposta da Fenaban, apresentada durante a quarta rodada de negociação realizada no último dia 29, em São Paulo, representa 68% da estimativa de inflação acumulada no período de setembro de 2015 a agosto de 2016 (9,57%). Os bancários reivindicam reajuste de 14,78%, que inclui 5% de aumento real.
Chegou a hora de todos os bancários, de Norte a Sul do país, exigir respeito e seriedade dos Bancos. A proposta é ruim, insuficiente, e os bancários sabem disso.
A partir desta terça-feira (6) é greve em todos os Bancos, privados e públicos, para exigir respeito e salário digno.
Principais reivindicações
Reajuste salarial: 14,78% (incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real).
PLR: 3 salários mais R$ 8.317,90.
Piso: R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vale alimentação: R$ 880,00 ao mês (valor do salário mínimo)
Vale refeição: R$ 880,00 ao mês
13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 880,00 ao mês.
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Carreira: Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Segurança: Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Fonte: Contec
UGT - União Geral dos Trabalhadores