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Legislação trabalhista beira a raia do absurdo, diz presidente da Riachuelo


05/09/2016

Presidente da Riachuelo, terceira maior rede de moda do País, o ex-deputado Flávio Rocha comemora a mudança de ciclo político com a posse do presidente Michel Temer. Para ele, o Brasil tem a oportunidade de sair da crise econômica e defende a reforma das leis trabalhistas. Segundo Rocha, falta bom senso nessa legislação e sobra regulação. “Tenho um call center em Natal, com 1.500 funcionários, e o Estado define qual é a temperatura que tenho que colocar no termostato lá”, reclama, comparando as regras existentes a um “manicômio trabalhista”.

 

Mudança de governo

 

É uma troca de ciclo. É uma virada de página. A gente sai de um ciclo aonde a grande característica, e isso nos custou muito caro, é a total ausência de um projeto. Não existia um projeto. Era um governo tão heterogêneo que ia de Arno Augustin ou Miguel Rossetto a Joaquim Levy ou Guilherme Afif. Que propósito pode incluir visões tão distintas de mundo?

 

Ponto de partida

 

Temos de aprovar a PEC do teto de gastos. O grande fator de perda da competitividade que nos tirou do jogo nesses anos foi o crescimento desmesurado do gasto público.

 

Day after

 

Haverá uma retomada mais rápida do que se imagina. Tem muito mais dinheiro fora do governo no que dentro dele. O Estado está tão depauperado que vai demorar para readquirir capacidade de investir. É tipo o porta-aviões Minas Gerais com sua ferrugem, as caldeiras em pane. Vai demorar para consertar. Mas não é por aí. O porta aviões fica irrelevante. A gente quer só que ele não atrapalhe. Entra uma nova locomotiva zero quilômetro, potente, que é o investidor privado. Basta dar as sinalizações corretas.

 

Legislação

 

Existia obsessão por regular. Nada desserve tanto ao trabalhador hoje quanto uma legislação trabalhista que beira as raias do absurdo. O Brasil produz mais ações trabalhistas com 2% da população do que o restante da humanidade. Isso é areia nas engrenagens da prosperidade.

 

Reforma trabalhista

 

As leis trabalhistas foram feitas na lógica da era industrial. Num horário rígido das 7 da manhã às 5 da tarde, de segunda à sexta.

 

Varejo

 

Hoje, 75% dos empregos são gerados no varejo e em serviços. E a lei é completamente danosa à realidade do setor. O serviço tem de ser prestado quando o cliente quer. Tem picos de venda sábado e domingo.

 

Desemprego

 

Apesar de ser o maior empregador do Brasil, o varejo presta um serviço muito aquém do seu potencial na absorção de empregos. O varejo chegou a empregar 7 milhões de pessoas. Hoje está com 6,5 milhões. Os Estados Unidos, que é apenas 50% maior do que o Brasil em população, gera 42 milhões de empregos. Isso é como se o varejo brasileiro pudesse gerar 30 milhões de empregos.

 

Fim de direitos

 

A única coisa que garante conquistas duradouras é a prosperidade. E o maior inimigo da prosperidade é o manicômio trabalhista. Precisamos prestigiar as convenções coletivas.

 

Resistência às propostas

 

O presidente Temer é ser uma pessoa tão habilidosa em construir consensos que acaba ficando dependente de construí-los. E tem questões nas quais não vai existir consenso. Precisa reunir a maioria.

 

Campeões nacionais

 

O que é necessário à prosperidade é preservar o bom funcionamento do ecossistema das leis de mercado e deixar o bom e velho darwinismo econômico atuar. Isso é a fórmula da prosperidade. Não a política de campeões nacionais, que é uma grande deformação.

 

Lula em 2018

 

Lula é carta fora do baralho. Ele voltou a ser o Lula de verdade e se torna inviável numa campanha majoritária. Ele era o Lula nas três eleições que perdeu. Veio o Duda Mendonça e criou uma figura mitológica, o Lulinha Paz e Amor. E começou a ganhar. Agora, estamos vendo quem é o Lula. É essa pessoa rancorosa. A tática é a prática cruel de acirrar conflitos. Onde acha qualquer fagulha de conflito, joga um balde de gasolina. É o nós contra eles. Patrão contra empregado. Rico contra pobre. O pressuposto é que, quanto mais esticadas estiverem as cordas, mais fácil justificar a presença de um mediador que é o Estado. Essa é a lógica da esquerda.

 

 


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