16/08/2016
Com discursos inflamados, mas em alto estilo, dirigentes sindicais da União Geral dos Trabalhadores, na pessoa de seu presidente, Zé Francisco; da Central Sindical Popular Conlutas, por meio do vereador Cleber Rabelo; e da Nova Central, através de Ivo Borges, participaram, hoje de manhã, da manifestação das centrais sindicais em frente ao Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, oportunidade em que defenderam os direitos dos trabalhadores de terem garantidos os contratos de carteira assinada, bem como, contra o corte de verbas que redundará no fim dos TRTs de todo o Brasil.
Além do corte no orçamento da justiça do trabalho, os sindicalistas também denunciaram as manobras do atual governo para que sejam implementadas mudanças na legislação trabalhista, em curso no Congresso Nacional. Durante o ato, uma comissão integrada pelo presidente da UGT-PA, José Francisco Pereira; o presidente da Força Sindical, Ivo Borges de Freitas; coordenador da CSP-Conlutas, Adnelson Araújo; vereador Cleber Rabelo, pelo Sindicato da Construção Civil; Vladmir Viana e Marco Antônio Botelho, do PMN e o advogado Mauro Augusto Rios, foi recebida pela vice-presidente do TRT8, desembargadora Sulamir Monassa, no exercício da Presidência, a quem entregaram um manifesto escrito.
No manifesto, declaram como absurdo o corte de 30% na verba de custeio e 90% na verba de investimento, no orçamento do judiciário trabalhista, e destacam que protestam “porque a Justiça do Trabalho, não havendo outra alternativa, é o último abrigo de milhões de trabalhadores que sofrem com a violência a direitos garantidos por lei, a direitos que lhes são suprimidos, não se admitindo, portanto, qualquer política de contenção de gastos públicos que a leve ao sucateamento”. No manifesto, ainda “convocam a todos, indistintamente, em esforço concentrado, que não meçam esforços em mostrar toda irresignação local diante de tal quadro de penúria orçamentária”.
Do lado de fora, no trio elétrico da UGT Pará, os manifestantes gritaram palavras de ordem, teceram críticas ao atual governo, e também disseram-se favoráveis a que sejam impeachmados não apenas Dilma Rousseff, mas também Michel Temer e todos os integrantes do Congresso Nacional que se manifestam contra os trabalhadores, que correm o risco de perder direitos, inclusive de suas aposentadorias, ao passo que senadores e deputados, trabalhando apenas em dois mandatos, podem sair de volta para suas casas muito bem aposentados. "Já vivemos num país que a escravidão ainda é uma prática abominável. Como ficará a situação se acabaram com os tribunais de Justiça do Trabalho? Como ficarão os trabalhadores se aumentarem mais ainda a carga de anos de contribuição para que possam se aposentar?" indagou o sindicalista Zé Francisco.
Fonte: UGT Pará
UGT - União Geral dos Trabalhadores