16/08/2016
Militantes dos sindicatos ligados a União Geral dos Trabalhadores (UGT), e centenas de trabalhadores das demais centrais sindicais realizaram na manhã dessa terça-feira (16) um ato em frente ao prédio da Fiesp ( Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), localizado na avenida Paulista, coração financeiro de São Paulo. O ato aconteceu em todas as cidades do País e marcou o Dia Nacional de Mobilização e Luta pelo Emprego e pela Garantia de Direitos.
UGT, CUT, CSP Conlutas, CGTB, Força Sindical , Intersindical e Nova Central decidiram realizar o protesto em frente ao prédio da Fiesp por causa das declarações feitas pela alta cúpula da entidade e, em especial, contra as ameaças propostas pelos representantes do governo interino de Michel Temer aos direitos trabalhistas e previdenciários. ”Em defesa dos direitos dos trabalhadores, as centrais sindicais estão aqui reunidas com uma responsabilidade importante que é a da defesa do bem estar social e das condições de trabalho”, ressaltou Canindé Pegado, secretário Geral da UGT.
“Esta ação marca a reconstrução da unidade das centrais sindicais e nós da UGT-SP não vamos para com essas mobilizações, a nossa missão é promover ações em todas as nossas regionais do Estado de São Paulo, pois não vamos admitir a retirada de direitos e retrocesso na legislação trabalhista”, explica Luiz Carlos Motta, presidente da UGT-SP e da Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo (FECOMERCIÁRIOS).
Motta ressaltou que justamente na data de hoje, iniciaram as campanhas eleitorais em todo o país e que a classe trabalhadora está passando por momentos difíceis justamente porque é, em todas as esferas governamentais (municipal, estadual e federal), a bancada mais fragilizada, a que tem poucos representantes e isso influencia, diretamente, na governabilidade e na aprovação de propostas que visam a defesa da classe trabalhadora e o bem estar social. “Nós precisamos eleger mais representantes que defendam os direitos trabalhistas. Estão querendo mexer nos nossos direitos porque temos poucos representantes e nós dirigentes sindicais precisamos pensar nisso nas próximas eleições. O voto consciente é muito importante para enfrentar esse momento de dificuldades”, conclui.
Entre as reivindicações, os líderes presentes ressaltaram que se persistirem as ameaças de implantação de uma política de austeridade, em que, quem irá pagar o PATO, definitivamente, é a população mais pobre e a classe trabalhadora.. “Até agora ninguém falou nada em taxar a fortuna do sr. Paulo Skaf, cobrar sobre o seu jatinho ou sua lancha. Até agora não falaram em alterar as aposentadorias daqueles que recebem benefícios astronômicos, mas todos do governo são categóricos em afirmar que a população, que recebe um ou dois salários mínimos, são os culpados pelo suposto rombo na previdência”, completa Wagner José de Souza, diretor da UGT.
Representantes de diversos movimentos sociais também estiveram presentes ao ato. Mulheres, Idosos, Negros e Juventude participaram das ações em repúdio a toda e qualquer forma de flexibilização de direitos trabalhistas ou sociais. “Entendemos que a luta pelos direitos dos trabalhadores, atinge diretamente a juventude do nosso país”, reforça Caio Guilherme da Silva Santos, União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES).
Por Fábio Ramalho – imprensa UGT / Foto – FH Mendes
UGT - União Geral dos Trabalhadores