Notícias

O ex-governador de São Paulo e candidato a prefeito Geraldo Alckmin (PSDB) abriu a série de encontros que a UGT (União Geral dos Trabalhadores) está promovendo com os postulantes à prefeitura da capital paulista, no sentido de ouvir os programas de governo de todos os candidatos a prefeito. A reunião foi realizada na manhã desta terça-feira (8). Na abertura do encontro, que contou com a presença de mais de 150 sindicalistas filiados a UGT, o presidente Ricardo Patah, disse que a UGT é uma central sindical pluralista e que esta ouvindo todos os candidatos para que os trabalhadores possam conhecer o que cada um deles tem de melhor a oferecer para a cidade, caso seja eleito. A UGT, com menos de um ano, é hoje a terceira maior central sindical do Brasil e, basicamente em São Paulo, tem sindicatos de comércio e serviços que têm uma relação muito próxima da municipalidade e necessidade fundamental de diálogo", disse Patah.

Na área da educação, Alckmin disse que São Paulo tem 96 mil crianças na fila de espera por uma creche e outras 53 mil por vaga numa EMEI(Escola Municipal de Educação Infantil), sendo preciso atacar urgente para que a mãe possa ter onde colocar o filho para poder trabalhar. Disse que pretende abrir as escolas municipais nos fins de semana já que as mesmas são opções de lazer para a população dos bairros periféricos. "Com isso oferecemos lazer, atraímos os pais para as escolas e isso reflete na qualidade de ensino dos filhos e reduz a incidência de depredações", disse. Falou também na implantação de cursos profissionalizantes para que o trabalhador possa atender as exigências do mercado de trabalho

O candidato a prefeito citou que no Brasil a mortalidade infantil que antigamente era de 143 mortes para cada 1.000 nascidos vivos baixou para 23, chegando a picos de 13 em estados da região sul. Lembrou que houve melhora também na expectativa de vida onde o brasileiro morre depois dos 73 anos, mas salientou ser preciso que as unidades de saúde tenham mais geriatras e melhore o programa de saúde mental. Sobre transportes, Geraldo Alckmin disse que a solução para a cidade é investir no coletivo, implantando novos corredores de ônibus e apoiando a expansão das linhas do Metrô. Falou sobre as frentes de trabalho, inclusive para atender moradores de ruas. "Governo não é para servir os governantes. Governo é para servir os cidadãos", esclareceu Alckmin .

Depois de um breve resumo de seu programa de governo, Alckmin respondeu perguntas formuladas por alguns sindicalistas. José Moacyr Malvino Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação de Limpeza Urbana de São Paulo e também Secretário Geral de Finanças da UGT, quis saber sobre a proposta para o lixo. Alertou que 15 mil toneladas de lixos são recolhidas por dia na cidade e levadas para dois aterros sanitários já praticamente lotados. O candidato do PSDB respondeu que a solução é aumentar o processo de reciclagem e aproveitar o restante do lixo para a geração de energia como acontece em grandes cidade do Exterior, adotando técnicas moderna para não poluir o meio ambiente.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes de Carga Própria de São Paulo, Almir Macedo, questionou sobre circulação de caminhões e as medidas restritivas impostas pela atual administração municipal. Alckmin disse que o transporte de cargas tem que ser regulamentado, defendendo melhorias dos transportes coletivos para reduzir o número de carros na região central e que vai conhecer novos projetos em Bogotá. Gilberto Almeida dos Santos, o "Gil", presidente do Sindicato dos Mensageiros Motociclistas do Estado de São Paulo indagou sobre as proposta para melhorar as atividades dos motoboys. Dizendo ser habilitado para dirigir motos, Geraldo Alckmim informou que a única solução é a criação de corredores especiais, evitando assim acidentes de trânsito. Antes de sua exposição, Alckmin foi saudado pelo sindicalista Francisco Pereira de Souza, Secretário de Organização e Políticas Sindicais da UGT e presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo.

"