30/06/2016
Teve início na manhã desta quinta-feira (30), a Conferência Interestadual dos Bancários 2016, da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS), na Colônia de Férias da USCEESP, no bairro de Suarão, em Itanhaém.
A mesa de abertura foi formada por Rumiko Tanaka, representando a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec), Simone Andrade Gerosa, Presidente do Sindicato dos Bancários de Andradina e Região, Angela Ulices Savian, Presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região, Mauri Sérgio Martins, representando a Confederação dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Dejair Besson, Presidente da USCEESP, Sidnei Corral, representando a UGT, por Reginaldo Breda, Secretário Geral da Federação e pelo Presidente, deputado estadual Davi Zaia.
Os participantes da mesa saudaram os presentes e explicitaram suas preocupações com a conjuntura política e econômica do país e a forma como ela afetará a campanha salarial deste ano. Rumiko Tanaka em sua breve explanação falou sobre as mudanças ocorridas na sociedade e a importância de adequação do movimento sindical e conclamou os dirigentes a elaborarem novas cláusulas contemplando a diversidade e os transsexuais, o assédio moral que ainda é um dos principais problemas enfrentado pelos bancários e também as novas tecnologias, que vem avançando rapidamente e requer respostas com a mesma velocidade. Sidnei Corral declarou aos presentes sua preocupação com o negociado sobre o legislado (predominância do consenso nas mesas de negociação entre patrões e representantes, substituindo o que está previsto na lei), o que de acordo com ele, vem avançando nas mesas de negociações e representará um desafio para categoria na campanha salarial deste ano.
Na sequência iniciou-se o debate de conjuntura que contou com as explanações do professor Waldir Quadros, do CESIT (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho) e Davi Zaia, o primeiro, sobre a crise econômica e o segundo, sobre a crise política.
"Se o Brasil entrasse numa rota de PIB zero e parasse de cair já seria positivo. O cenário atual é de paralisia econômica. Já são 02 anos de recessão e a fase de fazer cortes de custos já passou. O momento agora para a maioria das empresas é de constatar se sobrevive a crise. Agora é ou vai ou fecha", avaliou Quadros.
Zaia, avalia que, com a consolidação do impeachment, a conjuntura política tenderá a passar por um "rearranjo de forças", com partidos que antes apoiavam Michel Temer deixando de apoiar e vice-versa. "O governo Temer, se conseguir estabilizar a economia já terá cumprido seu papel, lhe cabendo conduzir o país às novas eleições em 2018, pois esse é o caminho constitucional. Qualquer coisa fora disso aí, sim será considerado golpe. A única forma de se realizar novas eleições agora seria se Dilma, Temer e todos deputados renunciassem. Alguém aqui acha que isso seria factível?", indagou o presidente da Federação.
Na sequência, os dirigentes votarão o Regimento Interno da conferência e também haverá as palestras do DIEESE, com a economista Vivian Machado apresentando os resultados dos bancos, novas tecnologias e os resultados das negociações ocorridas no 1º semestre de 2016 e também do economista Keyton Pedreira, CEO da Buscaprev, simulador de previdência privada, apresentando "Previdência Publica: desafios".
Fonte: FEEB
UGT - União Geral dos Trabalhadores