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Trabalhadores da ServiSan estão sem salários há três meses


21/06/2016

Trabalhadores da empresa Servi San Vigilância e Transporte de Valores Ltda. em Belém estão sem receber seus salários desde o mês de março e não têm como comprar comida, pagar transporte, aluguel, luz, água, enfim, saudar seus compromissos mais básicos. Por isso, paralisaram as atividades em várias escolas, já que a empresa sustentava que a Secretaria de Estado de Educação – SEDUC não estava efetuando o pagamento da empresa que terceiriza serviços gerais. Eles são associados ao Sindicato de Trabalhadores em Serviços de Asseio e Conservação do Pará - SINELPA, que é filiado à União Geral dos Trabalhadores no Estado.

 

Para forçar a empresa a resolver a situação, o SINELPA, com apoio da militância da UGT e do trio elétrico, fez um manifesto na frente da Servi-San na última quarta-feira, 15, pela manhã. Na oportunidade, a direção da empresa, na pessoa da gerente administrativa Rosana Almeida, se comprometeu a efetuar o pagamento do mês de março na conta dos funcionários. Também foi alegado que o atraso nos pagamentos decorria da falta de pagamento da empresa pela SEDUC.

 

Assim, em assembleia no meio da rua, comandada pelo presidente em exercício do SINELPA, Eulaio Silva, foi deliberado que seria feita uma manifestação em frente da SEDUC, em Icoaraci, para que a Secretaria explicasse o motivo do não repasse de verbas à Servi San, o que estava prejudicando diretamente aos empregados. E assim foi feito, na quinta-feira, 16, oportunidade em que os trabalhadores, revoltados com a situação, fecharam por mais de 30 minutos a pista da Rodovia Augusto Montenegro, em frente da SEDUC, provocando grande congestionamento no trânsito de veículos.

 

A SEDUC, por sua vez, convocou a direção do SINELPA e da Servi San para uma reunião no dia seguinte, sexta-feira, 17, às 10h. Nesse segundo encontro, a SEDUC, na pessoa da secretária adjunta de Gestão, Marileia Sanches, e da diretora de administração financeira Lucirene Tavares, explicou que o não pagamento da empresa terceirizada decorrida da falta de documentos exigidos por lei para que o Estado faça o repasse dos pagamentos. Segundo Lucirene, o dinheiro da Servi San está em caixa, no entanto, é obrigatório que a empresa apresente algumas documentações que estão pendentes. Assim, os representantes da empresa, Orlando Cabeça e Rosana Almeida, se comprometeram, diante da direção do SINELPA, representando os trabalhadores, e da própria SEDUC, a resolver a questão dos documentos até amanhã, terça-feira, 21, para que, finalmente, os recursos sejam liberados.

 

Uma nova assembleia foi realizada com os trabalhadores, na frente da SEDUC, tendo eles se comprometido a voltarem ao trabalho a partir de hoje, na esperança de a questão dos pagamentos seja resolvida por toda esta semana, do contrário, vão novamente paralisar as atividades nas escolas, até que a situação seja completamente sanada.

 

O secretário da UGT, Benedito Bené Belém, disse que o desespero dos trabalhadores é justificado, porque eles não têm outra fonte de renda que não seja os seus salários. E como não recebem há três meses, a situação chegou a um ponto que não dá mais pra esperar. “Eles precisam comer, precisam pagar suas contas. A conta de luz não espera, a de água não espera e a barriga não pode ficar vazia”, disse Bené, que destacou, ainda, as presenças de representantes de vários sindicatos filiados a UGT na movimentação dos trabalhadores de asseio e conservação, como o Sindicato dos Trabalhadores em Cemitérios e Empresas Funerárias – SINTACETA, o Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas Profissionais do Pará; a Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviço dos Estados do Pará e Amapá – FETRACOM, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Pará – SINJOR, o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Altamira – SINTRALMIRA, entre outros.

 

Bené explicou, também, que a UGT Pará vai continuar acompanhando esse processo até que os trabalhadores tenham recebido todos os seus salários atrasados. “O certo seria o pagamento de multa e de juros pelos atrasos”, acrescentou o sindicalista.


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