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Cunha tenta resistir, mas aliados dão como certa saída do cargo


21/06/2016

Com seu processo de cassação caminhando para um desfecho, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) enviou recados ao governo de que espera do Palácio do Planalto ajuda para escapar da punição, mas até aliados dizem ver as suas chances diminuir dia após dia.

 

Segundo parlamentares que conversaram com ele, um cenário é certo e irreversível: a saída definitiva do deputado da presidência da Câmara.

 

Seja por renúncia ao cargo, seja pela cassação –o provável é que a votação em plenário ocorra em 19 ou 20 de julho.

 

Cunha convocou a imprensa às 11h desta terça (20).

 

Deputados aliados defendem que ele renuncie já à presidência da Casa, com dois objetivos. O primeiro é deflagrar a eleição para a sua sucessão, que se realizaria em um prazo de cinco sessões, e colocar fim à criticada gestão do interino, Waldir Maranhão (PP-MA).

 

Isso é do agrado do governo, já que Maranhão não tem conseguido apoio mínimo nem para conduzir as sessões de votação e não é considerado confiável pelo Planalto.

 

Cresce na Câmara a avaliação de que o imbróglio envolvendo Cunha deteriora a imagem dos deputados e de que é impossível reunir, em uma votação no plenário, o apoio de 257 deputados para que ele mantenha o mandato.

 

O "centrão", seu aliado, quer emplacar um sucessor, mas a antiga oposição (PSDB, DEM, PPS e PSB) e a atual (liderada pelo PT) ensaiam um acordo circunstancial para conseguir eleger um novo presidente sem qualquer ligação com o peemedebista.

 

O segundo motivo para a renúncia seria dar a aliados um discurso para votar contra sua cassação. Alguns avaliam que ele perdeu a hora ideal –deveria tê-lo feito antes de o Conselho de Ética ter aprovado parecer favorável à sua perda de mandato.

 

Ainda de acordo com parlamentares que conversaram com Cunha, um de seus pleitos ao Planalto é o de que o governo pressione DEM e PSDB a trocar integrantes na Comissão de Constituição e Justiça para beneficiá-lo.

 

PR, Solidariedade e PTN já fizeram isso, mas Cunha ainda não teria maioria na comissão, que vai julgar recursos seus contra a decisão do Conselho de Ética.

 

A iniciativa, porém, é vista como "ineficaz" até por aliados. Integrantes das duas siglas que estão na mira de Cunha passaram a defender, nos bastidores, que a Casa não pode mais postergar o julgamento do parlamentar.

 

Dizem esses aliados que o peemedebista vive hoje o momento mais delicado de sua trajetória e até mesmo que o governo aceite trabalhar a seu favor será difícil encontrar no PSDB e no DEM pessoas dispostas a salvá-lo.

 

"Não há hipótese de trocar qualquer membro da CCJ. Os nomes que estão lá são os que pediram preferência", afirmou o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM). Segundo o deputado, o apoio a Cunha no partido reduziu-se muito nos últimos meses.

 

Nem as especulações de que Cunha possa fazer delação premiada são vistas com temor absoluto. Segundo deputados, ele continuará pressionado e será ameaça independentemente de seu destino na Casa. 

 

Fonte: Folha de São Paulo


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