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UGT e FETRACOM-PA/AP debatem a Diversidade Humana


15/06/2016

Preparar líderes sindicais, advogados e assessores para instruir trabalhadores que se sintam prejudicados, no ambiente de trabalho, em função da prática de discriminação racial, intolerância religiosa, homofobia, lesbofobia e transfobia. Esta é a luta da sindicalista Ana Cristina Duarte, referência nacional quando o assunto é abrir debate, formar opinião e trabalhar pela geração de políticas públicas contra quaisquer tipos de discriminação.

 

Ana Duarte é diretora da Secretaria da Diversidade Humana da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e representante da central junto ao Conselho Nacional de Igualdade Racial da Presidência da República, além de diretora do Instituto Sindical Interamericano de Igualdade Racial e acadêmica de Direito. Ela proferiu a palestra "A UGT, a Defensoria Pública e a OAB-Pará no combate à Discriminação de Gênero, REaça e Religião no Meio Ambiente de Trabalho", durante o 1º Seminário da Diversidade Humana no Pará,

realizado anteontem e ontem no Hotel Sagres. Na oportunidade, foi assinado um convênio entre a OAB-PA, Defensoria, UGT Pará e Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviço dos Estados do Pará e Amapá com vistas à formação, pelas escolas de formação superior das duas primeiras entidades, dos dirigentes sindicais, advogados e assessores para poderem implementar, no Estado, a política de combate à discriminação de trabalhadores.

 

De acordo com Ana Duarte, em todo o Brasil, os maiores casos de discriminação são de raça e homofobia. No entanto, ela esclarece que os números começam a sair do controle, haja vista que, no país, a cada minuto, um trabalhador se vê prejudicado por algum tipo de discriminação no ambiente de trabalho. "Esse trabalhador tem vergonha de se expor, de expor a empresa, de perder o emprego. Há muita gente sendo discriminada que não se tem conhecimento", salientou.

 

Ainda conforme Ana Duarte, ainda tem a questão dos transformistas, dos transsexuais. Muitos desses estão fora do mercado de trabalho. Ainda tem a questão, acrescentou, das tendências. Como ninguém vêm quem está no call center, esses postos de trabalho estão sendo ocupados por transformistas, lésbicas e gays.

 

Ela também disse que já se constata discriminação no próprio meio. Um estudo que vem sendo elaborado pela Secretaria de Diversidade Humana tem comprovado que os transformistas são discriminados por gays, travestis, transsexuais e lésbicas. "Pra ver só aonde estamos chegando. As pessoas têm seu jeito de ser, mas não são aceitas por ninguém e ficam fora do mercado de trabalho, são excluídas do mundo social. Como é que vão sobreviver?".

 

Por fim, a sindicalista explica que a UGT é a única central sindical que está preocupada com a situação dos trabalhadores de um modo geral, sem discriminação de raça, religião e no combate ferrenho à homofobia. "Isso é crime. Nós queremos, a partir de agora, preparar nossos líderes sindicais para trabalharem este tipo de situação que, um dia, deverá deixar de existir no nosso país. Discriminação, seja ela qual for, é crime e precisa ser denunciada e os acusados, punidos conforme os rigores da lei. Só assim, caminharemos para uma sociedade verdadeiramente livre e sadia".


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