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Desemprego afeta mais os jovens, diz estudo do Ipea


10/06/2016

Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que os jovens entre 14 e 24 anos são os mais afetados pelo desemprego. No 4° trimestre de 2015 o índice era de 15,25% e passou para 26,36% no 1° trimestre deste ano.

 

No primeiro trimestre de 2016, segundo o IBGE, a taxa de desemprego alcançou 11,2%, 3,2 pontos percentuais acima do observado no mesmo período do ano anterior.

 

O estudo, que analisa estatísticas sobre emprego e renda usando microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), dividiu a população entre 14 e 24 anos entre ocupados, desocupados, aqueles que só estudam e os chamados “nem-nem”, ou seja, aqueles que nem estudam nem participam da força de trabalho.

 

A proporção de jovens ocupados vem caindo desde 2013, de acordo com a Pnadc. Após atingir um pico de 44% no terceiro trimestre de 2012, os jovens ocupados eram 37% no primeiro trimestre deste ano.

 

Segundo o Ipea, até 2015, a queda na ocupação era mais reflexo do aumento dos que apenas estudavam do que da elevação de desempregados.

 

Os jovens que somente estudavam subiram de 35% em 2012 para 38,2% no último trimestre de 2014 e recuaram novamente até 36,3% no início deste ano.

 

Por outro lado, a proporção de jovens desocupados oscilava em torno de 8% até 2015 e alcançou 13,2% em 2016. Já a parcela de jovens nem-nem oscilou em torno de 13% durante o período.

 

Segundo o Ipea, a redução nas admissões foi mais intensa que a probabilidade de perder o emprego. A chance de um jovem permanecer empregado entre um trimestre e o seguinte em 2012 era a mesma que no terceiro trimestre de 2015. Apenas nos dois últimos trimestres do ano passado houve um aumento na probabilidade de o jovem perder o emprego. Por outro lado, a probabilidade de o jovem achar um emprego teve queda desde 2014.

De acordo com o Ipea, a queda foi maior na transição do desemprego para a ocupação e menos forte na transição da inatividade (estudante ou nem-nem) para o emprego.

 

Entre o último trimestre de 2015 e o primeiro trimestre de 2016 aumentou a probabilidade dos apenas estudantes migrarem para o desemprego, revertendo neste trimestre a trajetória de queda da população economicamente ativa (PEA) nessa faixa etária, explicando parte do forte do desemprego no início de 2016.

 

Queda na ocupação 

De acordo com o Ipea, desde o último trimestre de 2015, os dados da Pnadc indicam que o aumento geral do desemprego foi causado principalmente pela queda da população ocupada, reduzindo a contribuição do aumento da população economicamente ativa (PEA). Por outro lado, o aumento do desemprego não tem sido ainda mais intenso, pois muitos trabalhadores têm tomado a iniciativa de se tornar trabalhadores por conta própria.

 

De acordo com o Caged, entre janeiro e março de 2016, foram encerradas mais de 320 mil vagas formais, contra cerca de 65 mil no mesmo período do ano passado.

 

“Devido ao cenário macroeconômico atual, é provável que se observe a manutenção da queda do nível de ocupação, visto que esta tem sido causada principalmente pelo menor número de admissões. Se isso resultará em aceleração da taxa de desemprego, dependerá muito do comportamento da PEA. Se ela voltar a crescer como no primeiro semestre de 2015, o desemprego subirá no mesmo ritmo acelerado apresentado neste trimestre”, diz o Ipea.

 

Rendimento salarial

Segundo o levantamento, a redução do rendimento salarial foi maior para a parcela dos trabalhadores que recebem menos de um salário mínimo. A redução do salário chegou a mais de 10% nos últimos 12 meses. A queda generalizada de rendimentos e na ocupação resultou em uma massa salarial de R$ 173 bilhões entre fevereiro e abril deste ano, mesmo patamar que se encontrava há três anos.

 

Segundo o Ipea, a Pnadc mostra que a redução nos salários reais foi pior em setores que exigem menor qualificação.

 

Apenas o trabalhador que ganha exatamente o salário mínimo não apresentou perda real de rendimento.

A média dos rendimentos no primeiro trimestre ficou em R$ 1.974, apenas R$ 5 maior que a média do último trimestre de 2015, porém abaixo dos R$ 2.040 do início de 2015 e final de 2014. Já no trimestre terminado em abril, a média recuou para R$ 1.962. A taxa de crescimento anual do rendimento real médio vem caindo desde meados de 2015, segundo o Ipea.

 

Fonte: G1


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