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A União Geral dos Trabalhadores – UGT participou nesta quinta-feira, dia 2, do 1º encontro do núcleo estadual  dos ODS /SP  para discutir a Agenda 2030 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. O evento foi realizado  na Assembleia Legislativa de São Paulo, no auditório Teotônio Vilela. 

A mesa foi composta por Ieva Lazareviciute (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD/Brasil), Cleonice Caetano Souza (Secretária  de Saúde e Segurança da UGT), Mariana Borges (Nós Podemos SP), Cristina Palmieri (Comite de Sustentabilidade-UGT), Américo Sampaio (Cidades Sustentáveis), Marcellie Dessimoni (Sindicatos dos Engenheiros de São Paulo), Renato dos Prazeres (Cooperativa de coleta seletiva Coopercral) e Albertina Takiuti (da Coordenação de Políticas para Mulheres do Governo de São Paulo).

Em setembro de 2015 a ONU aprovou a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. O documento conta com 17 objetivos e 169 metas, que incluem a erradicação da pobreza e da fome; combater as desigualdades  dentro dos países e entre eles; construir sociedade pacíficas justas e inclusivas; proteger os direitos humanos e promover a igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas; e assegurar a proteção do planeta e seus recursos naturais. Para cumprir essa agenda até 2030 a ONU pretende implementar uma grande parceria global. 

Ieva Lazareviciute, representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil, fez um histórico da agenda de desenvolvimento mundial, que, impulsionada por crises e conflitos, chegou à definição do Índice de Desenvolvimento Humano. A conclusão de que os recursos econômicos mundiais eram suficientes para atendimento às questões de direitos humanos, mas mal direcionados, deu origem aos atuais ODS, como instrumento para direcionar recursos públicos. 

Segundo Ieda “todas as agendas que saem da ONU nunca são ideais, nunca são 100%, mas sim as que são possíveis dentro de se acordar num âmbito  global. Certamente, elas representam um avanço, mas sem sombra de dúvida, podem ser aprimoradas. É preciso inverter esse entendimento. A ONU somos todos nós. A ONU é um mecanismo, mas são as pessoas que fazem as mudanças acontecerem. Não podemos parar no meio do caminho na luta para erradicar a pobreza.  Precisamos estimular o valor da participação, das parcerias setor público com setor privado e gestores sociais , e ainda o engajamento das lideranças e a municipalização. Lembrando que a Agenda 2030 deve ser integrada e indivisível, concluiu.

Para a Secretária da UGT, Cleonice Caetano Souza  “o trabalho é de todos nós e é importante ver a participação da juventude ao longo de todo esse processo de construção para se alcançar os objetivos”.

O deputado estadual Orlando Bolçone (PSB),  sugeriu a replicação do evento também no interior do Estado. “Esse tema se faz importante porque as soluções estão na planície, ou seja, em cada cidade, em cada bairro.”

Mariana Borges  do Movimento Nacional pelos ODS Nós Podemos, enfatizou a importância da informação e da mobilização dos mais diversos núcleos (estaduais, regionais, municipais e setoriais)

Américo Sampaio (Cidades sustentáveis)  destacou  que o processo de municipalização dos ODS, tem como desfio conseguir avançar no desenvolvimento sustentável e também no avanço dos direitos. “Hoje não existe qualquer tipo de transformação que não passem pelas cidades que são vetores de transformação”, afirmou.  

Marcellie  Dessimoni,  disse que é  preciso incentivar os jovens na questão da corresponsabilidade. “A juventude precisa construir o agora para ter o que semear no futuro”.

Cristina Palmieri, do Comitê de sustentabilidade da UGT destacou que somente a sociedade junta é capaz de fazer mudanças. Ela propôs que no próximo encontro, marcado para o dia 4 de julho, se estabeleçam propostas de parcerias e um calendário de atividades. 

Joacir Gonçalves, Imprensa UGT / Fotos: FH Mendes