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Faça economia na feira: veja alternativas baratas para alimentos que subiram


19/05/2016

Os alimentos estão entre os responsáveis pela alta do IPCA (Índice de Preços do Consumidor) nos últimos meses. Segundo o IBGE, em março, a alta foi de 1,24%. Já em abril, os preços desaceleraram 1,09%. Ainda assim, os alimentos estão mais caros, e a saída para driblar a crise é fazer substituições.

 

Para ajudar nessa tarefa, o BOL visitou uma feira nas ruas na região do Butantã, zona oeste de São Paulo, e pesquisou alternativas mais baratas – e com igual valor nutricional – para alguns dos itens que mais subiram de acordo com o IPCA de março.

 

Os vilões da vez na mesa dos brasileiros foram a cebola – e sua alternativa, o alho –, a cenoura, a batata, frutas variadas e hortaliças como o brócolis e a couve-flor.

A nutricionista Caroline Morioka acompanhou a reportagem e deu uma boa notícia: fazer trocas alimentares pode ser benéfico para a saúde. "Ao substituir um alimento por outro, garantimos maior variedade de nutrientes da dieta. Além disso, muitos alimentos possuem funções semelhantes no corpo. Desse modo, podem ser substituídos um pelo outro, sem perda nutricional", disse.

 

Fazendo a feira

 

Durante a visita às barracas da feira, a feirante Elaine, 38 anos, e oito na profissão, contou como andavam as coisas. "Os clientes choram muito pelo preço, mas eu explico que não somos nós (feirantes) os culpados. Ano passado, por exemplo, o que custava para a gente R$ 20 está saindo a R$ 80. Começamos o ano já com tudo caro", explicou.

 

Na barraca da Elaine, a cenoura, que, de acordo com o IPCA, subiu 88,05% desde o ano passado, estava custando R$ 4 o pacote de 1 quilo; ao lado, a abóbora estava saindo por R$ 3 na mesma quantidade. Pois aí já encontramos a primeira possibilidade de troca: "Ambas fazem parte do grupo dos legumes e são fontes de vitamina A, que pode ser encontrada em alimentos amarelos e vermelhos", sugere a nutricionista Caroline Morioka. 

 

Outra boa alternativa que a profissional indica é a substituição da batata, que em duas barracas da feira era encontrada com variações de R$ 4 a R$ 9, por inhame ou mandioca, que saíam por menos de R$ 4. "Todos são carboidratos, nossa principal fonte de energia, e podem ser substituídos entre si, porém a mandioca e a batata possuem alto índice glicêmico, e o inhame, mais saudável, é ainda mais recomendado", afirma. Vale lembrar também que a mandioca e o inhame possuem maior quantidade de cálcio e magnésio em relação à batata. 

 

Por fim, finalizamos o setor de hortaliças e verduras trocando outro grande vilão da estação por uma alternativa mais em conta. O brócolis, que era encontrado por R$ 6, pode dar lugar à beterraba, facilmente encontrada por R$ 4 ou, "dando aquela choradinha", por menos que isso. "Ambos fazem parte do grupo dos legumes. E possuem fibras e ferro, auxiliando no controle do peso corporal, melhora do fluxo intestinal, maior saciedade e prevenindo a anemia", explica a nutricionista.

 

Frutas da estação

 

No geral, de acordo com o índice IPCA de março, as frutas apresentaram um aumento de 19,01% no ano, o que fez com que praticamente todas elas subissem de preço. Por conta disso, a dica da nutricionista é não substituir especificamente uma por outra, mas dar prioridade a frutas da época.

 

"Os alimentos da estação apresentam melhor qualidade, pois são colhidos no tempo certo, requerem menos quantidade de agrotóxicos e assim oferecem mais nutrientes e um sabor mais acentuado. Quando estão na época, há um aumento na produtividade e assim um melhor preço", explica Caroline.

 

E aí fica mais fácil também barganhar. Na barraca do Otávio, 34, que trabalha com frutas desde os sete anos, há espaço para um "chorinho", mesmo com os custos mais altos. "A exportação diminuiu, até a plantação diminuiu, e isso chega ao preço. O jeito do feirante para despistar isso é dar uma oferta, uma cortesia para o freguês", conta ele.

 

Outra dica que a nutricionista dá é aproveitar que as frutas da época estão mais baratas e congelá-las para usar ao longo do ano. 

 

Na feira visitada pela reportagem, frutas da época como abacate (R$ 2) e caqui (R$ 3) estavam mais baratas, em maior quantidade e mais vistosas. Por sua vez, morango (R$ 5), melão (R$ 5) e abacaxi (R$ 6), que estavam à venda fora da época, estavam mais caras e, muitas vezes, não tão bonitas.

 

Fonte: BOL

 


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