16/05/2016
O ritmo desacelerado das importações nas empresas contribuiu para manter o saldo da balança comercial positivo em US$ 394,4 milhões no primeiro quadrimestre do ano na Região, contra o saldo negativo de US$ 44,8 milhões registrado no mesmo período do ano passado. É o que aponta dados disponibilizados pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
O saldo da balança comercial é resultado da diferença entre as exportações e as importações registradas pelas empresas. Entre janeiro e abril desde ano, as importações somaram US$ 1.023 bilhão, enquanto nos primeiros quatro meses do ano passado foram US$ 1.586 bilhão direcionado às compras de produtos do exterior.
Entre os principais fatores que contribuem para essa baixa nas importações está o câmbio, com a desvalorização do real perante o dólar. No dia 30 de abril do ano passado, a moeda americana foi cotada a R$ 3,01, enquanto que, um ano depois, o dólar saltou para R$ 3,44.
No entanto, na soma do quadrimestre, as exportações não avançaram seguindo o momento favorável para vender produtos nacionais ao exterior. No acumulado desde ano, as empresas instaladas no ABCD arrecadaram US$ 1,417 bilhão com as exportações, enquanto que no mesmo período do ano passado foi US$ 1,541 bilhão.
PONTO DE VISTA
Na avaliação do diretor titular do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São Bernardo, Mauro Miaguti, o resultado positivo na balança comercial depende do ponto de vista.
“O superávit é bom quando é produtivo ao País e quando as exportações aumentam. Na conjuntura atual, apenas as importações diminuíram em grande intensidade. O ideal seria aumentar as exportações, agregar valor nestes produtos vendidos ao exterior e equilibrar as importações valorizando a produção nacional”, disse o executivo.
O setor automotivo, principal atuante na Região, consegue aproveitar para incrementar as vendas para outros países, mas, de acordo com o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Antonio Carlos Megale, o mix de produtos precisa ser melhor explorado para aumentar as exportações em valores.
“Os veículos de passeio estão com saída, mas precisamos otimizar o segmento de caminhões para gerar mais arrecadações”, disse.
Fonte: ABCD Maior
UGT - União Geral dos Trabalhadores