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Responsabilidade social e os grandes negócios de eventos internacioanais


25/04/2016

Mesas de debate abordam crise política, cenário internacional e esporte 

 

O seminário da UGT “Trabalhadores e Trabalhadoras em Tempos de Crise: Construindo Aletrnativas” que vai até esta terça-feira, 26/04, tem como objetivo convidar a sociedade para refletir sobre o atual momento político vivido no Brasil. 

 

Na sequência das atividades do primeiro dia de evento, a mesa inicial abordou a “Crise Política e Econômica do Brasil e o Cenário Internacional: quais as bases para um projeto de desenvolvimento inclusivo e sustentável”, reunindo renomados pensadores como Waldir Quadros, economista e professor da Faculdade de Campinas (Facamp); Luiz Alberto Aranha Machado, vice-diretor e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e Alberto Aggio, historiador e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

 

Waldir Quadros alerta que nesse momento truculento é preciso entidades mais serenas. Vê como positiva a aboradagem da UGT e ele mesmo seguiu o panorama de refletir a crise pelo aspecto social. “Nos últimos 14 anos, a sociedade brasileira avançou em diversos aspectos. Um deles foi a diminuição da miséria e empoderamento das classes sociais. Com a crise atual, a sociedade passou a perder o que conquistou nos últimos anos, como se voltasse ao patamar que se encontrava antes dos avanços conquistados, quando então havia diminuído a pobreza.”

 

Para Aggio, é necessário que a população retome a palavra ‘democracia’, pois atualmente ela só é usada para ressaltar que não vai ter golpe. “Contudo democracia é mais do que isso, é olhar além, para o futuro. Como na política não existe espaço vazio, é preciso que todos tenham responsabilidade pelos seus atos.”

 

Luiz Albero Machado fez uma avaliação histórica do cenário político e disse que apesar da gravidade, a situação brasileira ainda é melhor do que há 20 anos, período em que a inflação chegou a 2 mil por cento ao ano.

 

Machado ainda ressalta que no cenário internacional os EUA continuaram crescendo sem reajustes, a China vive um processo de desaceleração e crescerá em média 7% ao ano, a União Europeia é a mais fraca dessas três potências, mas se mantém firme muito por conta da Alemanha e enfatizou a Índia como grande potência que está em franco desenvolvimento, mas, que assim como o Brasil, não está conseguindo enfrentar a grande desigualdade social do país.

 

A segunda rodada teve como temática o Trabalho e Esporte: os impactos nas Olimpíadas, com o jornalista Juca Kifouri e Marcelo Proni, professor da Unicamp.

 

Proni chamou atenção para o legado olímpico, abordou o descompromisso com os aspectos sociais e ambientais e o alto investimento para implantação dos jogos, questionando as políticas públicas.

 

Proni vê no movimento sindical o papel de ser ativo nesse legado. “Não sou contra os eventos e as grandes obras desses eventos esportivos, mas deveria ser custeado pela iniciativa privada, pois quando é usado dinheiro público, outros setores fundamentais para a sociedade ficarão sem fianciamento. Antes de começar as obras é preciso fazer o cálculo do custo de oportunidade, que é avaliar o retorno do que isso vai dar, pois até na Inglaterra, onde a popuplação que tem práticas esportivas rezoáveis,  não sabia o que fazer com seus estádios e legaram os custos altos na obras.”

 

Juca Kifouri lembra de nações desenvolvidas como Suíça e Suécia, que disseram não para a realização das Olimpíadas, por verem como prioridade outros investimentos para a população. Para ele, o papel de nós, como trabalhadores, é exigir que nos ouçam.

 

“Os Jogos Olímpicos não é jamais um primeiro passo para transformar o país numa potência olímpica, mas o coramanto esportivo deve ser visto como fator de prevenção de doença. O Ministério do Esporte deveria ser o da Saúde, não ter como foco fazer campeões olímpicos, mas deveria ser um dever do cidadão, que o governo tenha no esporte a preocupação com a saúde para toda a criança,  jovens e terceira idade”, analisa Kifouri.

 

Também foi aboradada a questão do Jogue Limpo, causa que a UGT vem abraçando desde 2010 em prol do trabalho decente para a Copa 2014 e agora para as Olimpíadas 2016, qual o papel do Comitê Olímpico Internacional (COI) com cuidado aos trablhadores.

 

Nilson Duarte, presidente da UGT-Rio e do Sindicato da Construção Civil do RJ, levantou os acidentes nas obras do Maracã e o gasto de R$ 97 milhões para finalizar o estádio para a Copa, mais os milhões investidos agora para as Olimpíadas.

 

Fábio Ramalho e Mariana Veltri - imprensa UGT

 

 

 

 

 

 

 


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