18/04/2016
A crise econômica e política que o Brasil vem enfrentando nos dias atuais tem refletido diretamente no trabalhador. Diminuição de investimentos, demissões de funcionários, impostos mais caros, inflação em alta são apenas alguns problemas enfrentados pela classe atualmente. Como lidar com esse momento? O que fazer para enfrentar a crise? Pensando no trabalhador, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), em parceria com o Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), realiza o Seminário Trabalhadores e Trabalhadoras em Tempos de Crise: Construindo Alternativas, que acontece dias 25 e 26 de abril, no Novotel (Av. Zaki Narchi, nº 500) em São Paulo, como parte da programação do Dia Internacional do Trabalho, 1º de Maio. Também como parte das festividades será realizada a exposição fotográfica “Os Trabalhadores e os 100 Anos do Samba”, que ficará em cartaz na Avenida Paulista, um dos principais cartões postais da cidade de São Paulo.
A UGT pretende com o seminário fazer um convite à reflexão sobre o momento que o Brasil vem passando, fazendo com que o trabalhador analise o seu papel nessa conjuntura. “Ao contrário de outras centrais sindicais, nós iremos focar na crise social, política e econômica e situar o trabalhador nesse meio. Nossa pauta de discussões incluirá três momentos que o país vem vivenciando: crise política e econômica; centenário do samba; e as Olimpíadas Rio 2016, temas que estão relacionados diretamente ao problema do emprego e das condições de trabalho. Será bem interesse e contamos com a participação de todos os trabalhadores”, diz Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e da União geral dos Trabalhadores (UGT).
Com vista à necessidade de reciclar a forma de atuação do movimento sindical, a UGT vê nessa proposta de comemorar seu 1º de Maio, uma saída mais produtiva para o trabalhador e trabalhadora brasileiros. “O capital se globalizou, mas a ação sindical ainda não se globalizou, ela continua ainda de forma muito regionalizada, com suas características locais, nós temos que fazer algo mais denso. Por isso essa parceria para nos trazer um certo conhecimento do ponto de vista acadêmico, nos permite enxergar o que está acontecendo em outras áreas, no Brasil e em outras partes do mundo”, comunica Francisco Pereira, o Chiquinho, secretário de Organização e Políticas Sindicas da UGT e presidente do Sindicato dos Padeiros de SP.
Programação
Os temas que serão discutidos no Seminário já estão definidos. No primeiro dia, 25 de abril, a primeira mesa do dia será sobre Crise Política e Econômica Brasileira e o Cenário Internacional – Diagnóstico da crise política e econômica: Quais as bases de um projeto de desenvolvimento inclusivo e sustentável, com Luiz Gonzaga Belluzzo, economista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Faculdade de Campinas (Facamp); Waldir José de Quadros, economista e professor da Facamp; Luiz Alberto de Souza Aranha Machado, vice-diretor e professor, da Fundação Armando Álvares Penteado; e Alberto Aggio, historiador e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp). A segunda mesa do dia, às 14h30, terá como tema Trabalho e Esporte: os impactos das Olimpíadas, com o jornalista Juca Kfouri e Marcelo W. Proni, professor da Unicamp. A terceira mesa, que acontece às 16h30, será sobre Trabalho e Cultura: Centenário do Samba – Letras que cantam a luta dos trabalhadores, com Valéria Lima Guimarães, historiadora e professora.
No segundo dia, às 8h30, na primeira mesa do dia será debatido Desemprego, Trabalho Escravo, Direitos Trabalhistas, Previdência, Crise e Futuro do Sindicalismo, com Anselmo Luis dos Santos, José Dari Krein e Armando Boito, todos professores da Unicamp; Lena Lavinas, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); e João Carlos Teixeira, procurador e coordenador da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis).
Para se inscrever, basta acessar o site da UGT: www.ugt.org.br. (OBS: AS INSCRIÇÕES ESTÃO ENCERRADAS)
Exposição fotográfica Os Trabalhadores e os 100 Anos do Samba
A exposição fotográfica “Os Trabalhadores e os 100 Anos do Samba” contará com 30 mega painéis de 4 metros x 3 metros com fotografias de grandes expoentes do samba e de momentos históricos em que o ritmo contribuiu de forma decisiva para traçar novos caminhos para o trabalhador brasileiro. Quem passar pela Avenida Paulista irá se deparar com painéis com grandes nomes do samba. A exposição se estenderá por cerca de 1km da via, com início em frente à Caixa Econômica Federal, próxima a Rua Augusta até a Pamplona. As pessoas poderão ver imagens de Donga; Pixinguinha; Clementina de Jesus; Cartola; Noel Rosa; Nelson Cavaquinho; Assis Valente; Dona Ivone Lara; Chico Buarque; Ataulfo Alves, entre outros. A produção da exposição é da Maná Produções e Eventos. Já a pesquisa da mostra ficou a cargo do jornalista Celso de Campos Jr – autor da biografia de Adoniran Barbosa – e a seleção de fotos da DOC Galeria, escritório de fotografia, dos sócios Fernando Costa Netto e Mônica Maia.
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UGT - União Geral dos Trabalhadores