08/04/2016
Sem as amarras da lei, a educação privada continua privilegiando o lucro em detrimento da qualidade.
O Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/2014) foi traçado levando em conta quase que exclusivamente a educação pública, com visível desprezo da realidade do gigantismo da educação privada.
Suas metas perseguem o ensino de qualidade que todos queremos dentro de regras que obrigam os entes públicos nas suas três esferas, dentre muitas, a valorização dos profissionais que dela se ocupam.
Porém, para o setor privado poucas regras foram estabelecidas em função da miopia dos burocratas que construíram os caminhos da lei, miopia esta que os impediu de enxergar o enorme avanço do ensino privado no país e, por consequência, o considerável espaço que ocupa especialmente no ensino superior e na educação profissional. Outra hipótese, na qual me recuso a acreditar, é a de que a super dimensão do ensino privado dentro do contexto “economia de mercado” tenha intimidado os protagonistas do PNE a tal ponto de deixá-lo livre das obrigações de pagar seus profissionais com respeito, de arcarem com o ônus da formação continuada dos seus professores, enfim, de se obrigar a participar do sistema construído para o ensino público na busca coesa e única da preconizada educação de qualidade.
O quadro abaixo mostra claramente o gigantismo da educação privada, permitindo ver claramente sua influência no processo educacional:
UGT - União Geral dos Trabalhadores