05/04/2016
O nível de água do Sistema Cantareira voltou a registrar alta nesta terça-feira (5) e opera com 65,9% da sua capacidade, considerando as duas cotas do volume morto, segundo dados divulgados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). É a quinta alta do mês. Na segunda-feira (4), o manancial operava com 65,8%.
Em março, as represas receberam 179,6 mm, o equivalente a 0,89% acima do esperado para todo o mês, que era 178 mm. Em 30 de dezembro de 2015, o Sistema Cantareira deixou a dependência do volume morto após 19 meses.
Apenas o Cantareira registrou alta nesta terça. O Rio Claro permaneceu estável em relação a segunda e os demais sistemas que abastecem a Grande São Paulo reduziram a quantidade de água armazenada em seus mananciais.
Veja o nível de todos os sistemas:
- Cantareira: 65,9% da capacidade
- Alto Tietê: 42,8% da capacidade
- Guarapiranga: 86,2% da capacidade
- Alto Cotia: 99,8% da capacidade
- Rio Grande: 95,5% da capacidade
- Rio Claro: 101,9% da capacidade
Índices
Após uma ação do Ministério Público, aceita pela Justiça, a Sabesp passou a divulgar outros dois índices do Cantareira. Nesta terça, o segundo índice estava em 51% e considera o volume armazenado na capacidade total, incluída a área do volume morto. O terceiro índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume morto na área total dos reservatórios e estava em 36,6% nesta manhã.
O Cantareira chegou a atender 9 milhões de pessoas só na Região Metropolitana de São Paulo, mas atualmente abastece 5,7 milhões por causa da crise hídrica que atingiu o estado em 2014. Os sistemas Guarapiranga e o Alto Tietê absorveram parte dos clientes, para aliviar a sobrecarga do Cantareira durante o período de estiagem.
Volume Morto
A reserva técnica começou a ser bombeada em maio de 2014. Na época, ainda havia água no volume útil. Em julho, porém, o sistema passou a operar somente com o volume morto. Especialistas ouvidos pelo G1, no entanto, alertam que o Cantareira ainda segue em crise porque não se recuperou totalmente. A Sabesp também informou que não descarta voltar a usar a reserva técnica no próximo período seco, com a chegada do inverno.
Fonte: G1
UGT - União Geral dos Trabalhadores