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Produção industrial cai 11,8% nos primeiros dois meses do ano, diz IBGE


01/04/2016

A produção industrial acumula queda de 11,8% no primeiro bimestre deste ano, divulgou nesta sexta-feira, 1, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, o recuo é de 9,0%.

 

Na comparação de fevereiro ante janeiro, a produção caiu 2,5%, na série com ajuste sazonal, o pior resultado mensal para o indicador desde dezembro de 2013, quando caiu 2,8%. O resultado também foi o pior registrado para um mês de fevereiro de toda a série histórica, iniciada em 2002, e foi decorrente de resultados negativos em 13 das 24 atividades pesquisadas. 

 

O resultado veio dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, serviço da Agência Estado, que esperavam recuo entre 0,12% e 3,20%, com mediana negativa de 2,42%.

 

Em relação a fevereiro de 2015, a produção caiu 9,8%. Nesta comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de retração de 7,80% a 11,90%, com mediana negativa de 10,50%.

 

O índice de Média Móvel Trimestral da indústria recuou 1,0% em fevereiro ante janeiro, marcando a 16ª taxa negativa consecutiva para a média móvel trimestral da indústria. No mês anterior, a média móvel também tinha sido de -1,0%, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF).

 

"É como se fosse uma trajetória descendente desde outubro de 2014", notou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

 

Setores. Em fevereiro, a principal influência negativa foi registrada pelo ramo de veículos automotores, reboques e carrocerias. O recuo de 9,7% na produção em fevereiro ante janeiro eliminou o avanço de 7,2% acumulado de novembro de 2015 a janeiro de 2016. 

 

"O principal impacto negativo é de veículos automotores, que vinha de três meses de resultados positivos em sequência. Só com a entrada do mês de fevereiro, esse saldo positivo na margem acabou sendo eliminado", ressaltou Macedo. 

 

Outras reduções importantes foram registradas por máquinas e equipamentos (-6,7%), produtos alimentícios (-1,7%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-8,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,5%), metalurgia (-1,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-2,6%), produtos de borracha e de material plástico (-1,6%) e outros equipamentos de transporte (-3,3%).

 

Na direção oposta, tiveram desempenho positivo relevante os setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,4%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (1,3%) e indústrias extrativas (0,6%).

 

"Mesmo esses setores que mostraram impacto positivo, o crescimento é suplantado por quedas anteriores. O que quero chamar a atenção é que ou o crescimento é sobre uma base baixa de comparação ou não suplanta as quedas anteriores", explicou Macedo. A produção da indústria de bens de capital, por exemplo, subiu 0,3% em fevereiro ante janeiro, mas na comparação com fevereiro de 2015, o indicador mostra um tombo de 25,8%. No acumulado de 2016, houve queda de 30,8% na produção de bens de capital. Em 12 meses, o resultado é de recuo de 27,1%.

 

Revisões. O IBGE também revisou o dado da produção industrial do mês de dezembro ante novembro de 2015 de -0,5% para -0,8%. A produção de bens de capital também foi revisada, mas em janeiro ante dezembro, de 1,3% para 2,1%. A produção de bens intermediários no período saiu de 0,8% para 0,9%. 

 

A produção de bens de consumo duráveis foi revista de -2,4% para -3,3% em janeiro ante dezembro. A produção de bens de consumo semi e não duráveis saiu de 0,3% para 0,4% no mesmo período analisado.

 

Fonte: Estadão


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